A diretoria do Itaú voltou a garantir nesta terça-feira 18 aos mais de 150 dirigentes sindicais do Itaú e Unibanco que participam do Encontro Nacional, organizado pela Contraf/CUT, que não haverá fechamento de agências, “nem quando houver uma agência do Itaú ao lado de outra do Unibanco”, e não existe plano de demissão como resultado da fusão entre os dois bancos.
A Contraf/CUT convidou os representantes do Itaú e do Unibanco para apresentarem e debaterem com os dirigentes sindicais o projeto de fusão. Os representantes do Unibanco, que haviam confirmado presença, disseram que foram convocados para uma reunião de emergência e não puderam comparecer. Pelo Itaú participaram o diretor de recursos humanos Marcos Canielli e o superintendente de relações sindicais Geraldo Martins.
O diretor do Itaú basicamente repetiu o que havia afirmado na reunião do dia 10 de novembro com a Contraf/CUT: os dois bancos estão em fase de estudos para conhecerem mutuamente suas estruturas, o que levará tempo (impossível de precisar no momento, segundo ele) e os problemas trabalhistas que surgirem continuarão sendo tratados dentro de cada instituição, enquanto a fusão não se concretizar.
‘Nem agências lado a lado serão fechadas’
Marcos Canielli garantiu que não haverá fechamento de agências, “nem quando houver uma do Itaú ao lado de outra do Unibanco”, porque segundo o diretor os pontos de atendimento dos dois bancos já estão trabalhando no limite de sua capacidade e não haveria, por exemplo, como juntar os clientes e as contas numa mesma dependência. ^
E reiterou que o objetivo do novo banco unificado é crescer e portanto abrir mais agências e contratar mais bancários. Mas voltou a recusar a proposta de assinar um acordo por escrito garantindo os empregos dos trabalhadores.
Durante mais de duas horas, os representantes do Itaú responderam a indagações e questionamentos dos dirigentes presentes ao Encontro Nacional promovido pela Contraf/CUT. A discussão continuará no dia 9 de dezembro, quando a Contraf fará nova reunião com o Itaú e com o Unibanco para discutir a fusão em busca da garantia dos empregos e dos direitos dos bancários.