MPT vai buscar retomada do diálogo com Febraban sobre transporte de valores

Em audiência concedida nesta quarta-feira, dia 16, para a Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), emBrasília, o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Otávio Brito Lopes, ouviu os dirigentes sindicais e disse que vai entrar em contato com Febraban para propor a retomada da mediação acerca dos problemas de transporte de valores e vigilância.

O encontrou ocorreu uma semana após o boicote da Febraban, o que acabou provocando o cancelamento da terceira reunião entre as partes, que estava marcada para a última quinta-feira, dia 10. A expectativa da Contraf-CUT e a CNTV é que a entidade patronal dos bancos aceite a continuidade do diálogo com bancários e vigilantes, cujo objetivo é proteger a vida das pessoas e melhorar a segurança.

Participaram da audiência o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, o presidente da CNTV, José Boaventura Santos, o diretor de Assuntos de Transporte de Valores da CNTV, Carlos José das Neves, o diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Leonardo Fonseca, e o assessor jurídico da CNTV, Ubiramar de Oliveira. Também acompanhou a reunião o assessor especial do procurador-geral do MPT, Clóvis Curado Júnior.

“Esperamos que seja retomado logo o diálogo entre as partes. Nós queremos buscar soluções para temas como o abastecimento inseguro dos caixas eletrônicos, as operações perigosas de embarque e desembarque dos carros-fortes, o transporte ilegal de numerário feito por bancários e o número insuficiente de vigilantes em muitas agências e postos”, destacou Ademir, que coordena o Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.

“Nós precisamos voltar a dialogar para resolver essas questões inquietantes, que colocam em risco a vida de vigilantes, bancários e clientes. Estamos cansados de ler notícias sobre mortes de trabalhadores e usuários, vítimas de tiroteios em ações cada vez mais ousadas das quadrilhas, da precariedade das instalações de segurança nos bancos e da fragilidade da segurança pública. A Febraban precisa assumir as suas responsabilidades”, salienta Boaventura.

A mediação iniciou a partir de representação da CNTV frente à ocorrência de mortes, feridos e traumatizados no abastecimento de caixas eletrônicos. A primeira reunião aconteceu no dia 13 de outubro e a segunda, no dia 9 de novembro, quando a Febraban pediu um prazo de 30 dias para avaliar os documentos apresentados pelos bancários e vigilantes.

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