Representantes da Central Única dos Trabalhadores do Piauí, Sindicatos dos Bancários, Urbanitários, União das Mulheres do Brasil, Rodoviários, Trabalhadores na Educação, Pastorais Sociais, Hoteleiros, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social do Piauí, Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Piauí, Sindicato dos Pescadores e da Construção Civil marcaram presença nesta sexta-feira (10), na Praça Rio Branco, Centro de Teresina, durante o “Dia do Basta”, manifestação realizada nacionalmente contra as medidas que prejudicam os trabalhadores brasileiros.
Na oportunidade, os bancários retardaram o atendimento ao público, de 11h até às 12h, nas agências da capital e interior do Estado, como protesto diante do impasse da Fenaban em não atender as reivindicações da categoria.
Para o presidente da CUT/PI, Paulo Bezerra, “neste momento, o importante é dá o recado à população de que queremos um país democrático e este ato é justamente em defesa do povo, mostrando que queremos mais empregos, crescimento da economia e menos privatizações”, avalia.
Em seu discurso, o presidente do SEEBF-PI, Arimatéa Passos, esclareceu ao público que os bancários estão em plena Campanha Salarial 2018 e após várias rodadas de negociações com representantes dos bancos, como não houve um consenso no que diz respeito a um acordo, “já que a proposta apresentada pelos bancos não contempla o que a categoria quer, no próximo dia 17 haverá uma nova rodada, e se não for apresentada uma proposta que atenda os anseios dos bancários, vamos paralisar por tempo indeterminado”, alerta.
Neste Dia do Basta, o sindicalista explica ser um dia importante para população de poder se manifestar contrário a retirada dos direitos dos trabalhadores. “É por todos os brasileiros que estão sofrendo que estamos unidos e mobilizados neste dia, por isso queremos mais atos e que a população acorde”, pondera Arimatéa.
Paulina Almeida, presidente do Sinte, pediu apoio de todos para dar um basta em todo tipo de golpe e maldade praticados pelo governo federal, “principalmente porque ele não valoriza os trabalhadores e trabalhadoras”, relata.
Destacando o papel da mulher na sociedade, a diretora do Sindicato dos Urbanitários, Teonia Almeida, disse que “os trabalhadores são contra as privatizações, então, é preciso dizer não e este é o momento, pois a sociedade não aguenta mais, já que o governo quer tirar nosso direito à educação, saúde e concurso”, lamenta.
Da Praça Rio Branco, os bancários seguiram até a agência do Banco do Nordeste do Brasil, na Rua Rui Barbosa, onde os empregados da unidade cruzaram os braços por uma hora e se juntaram aos diretores do SEEBF-PI em frente ao banco para mostrar sua indignação diante da intransigência da Fenaban que não busca um entendimento com a categoria.
O diretor Marcus Vinícius frisou que os bancários não aprovam a política do governo federal que trouxe prejuízos para a classe trabalhadora. “Por isso, defendemos melhores condições de atendimento aos clientes e essa é uma paralisação em defesa da permanência dos bancos como bancos públicos”, explica, mencionando que a sociedade deve ficar preocupada e em alerta diante da situação do país.
Por sua vez, o vice-presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, alertou para a ameaça da retirada de direitos dos trabalhadores, “mas devemos ter consciência e não vamos aceitar retroceder”, pondera, acrescentando que somete a unidade de todos pode impedir que o governo tenha êxito em tentar prejudicar todos.
Ainda na manhã desta sexta, dirigentes sindicais estiveram reunidos com empregados das agências do Bradesco da Rua Álvaro Mendes e Itaú, da Rua Areolino de Abreu, para repassar os informes acerca da Campanha Salarial 2018 e conclamar os bancários a participarem das assembleias no sindicato para defender os direitos da categoria que estão ameaçados.