Bancários em São Paulo voltam às ruas para cobrar correção da tabela do IR

Manifestação em frente ao Banco do Brasil

Com o mote – morda o leão antes que ele te morda -, os bancários realizaram protestos em três grandes concentrações da categoria em São Paulo e Osasco, nesta terça, 1º de fevereiro, para cobrar a correção da tabela do imposto de renda e evitar que os salários sejam corroídos pelo tributo.

Os trabalhadores querem sensibilizar o governo federal, que volta à mesa de negociação com as centrais sindicais, nesta quarta 2, em Brasília, para que atenda a reivindicação de corrigir a tabela com pelo menos a inflação do período, 6,47%, de acordo com o INPC.

Negociações entre trabalhadores e o governo Lula garantiram o acordo de correção da tabela em 4,5% ao ano, de 2007 a 2010. Neste ano o acordo expirou e até agora nenhum reajuste foi praticado. Por conta disso, R$ 5 bi vão para os cofres do governo caso a correção não seja feita, segundo cálculos do Dieese.

“Não é justo que esse dinheiro saia do bolso do trabalhador. Isso é penalizá-lo. Todos os recursos provenientes da renda dos trabalhadores voltam para a economia, via aquecimento do mercado interno, e o governo vai acabar arrecadando tributos de outras fontes”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Mobilização

No ato bem-humorado, foram distribuídos chocolates com cara de leão. O Sindicato também orientou os bancários que enviassem mensagens para a Câmara, para o Senado e para a equipe econômica, pedindo a correção da tabela do imposto de renda.

A entidade sindical também enviou no dia 21 de janeiro carta à presidenta Dilma Rousseff e aos ministros Antonio Palocci, Guido Mantega e Miriam Belchior reivindicando a instalação de uma política perene de correção da tabela de acordo com a inflação do período.

Veja na tabela exemplos de desconto com e sem a correção:

Imposto de Renda
Salário

Alíquota sem correção da tabela

IR pago sem correção da tabela
Alíquota com correção de 6,47% da tabela
IR pago com correção de 6,47% da tabela
Economia mensal
R$ 1.590,00
 
7,5%
R$ 6,82
isento
R$ 6,82
R$ 2.300,00
 
15%
R$ 64,06
7,5%
R$ 52,80
R$ 11,26
R$ 2.500,00
(com 1 dependente)
15%
R$ 71,46
7,5%
R$ 55,77
R$ 15,69
R$ 3.100,00
 
22,5%
R$ 191,88
15%
R$ 165,88
R$ 26,00
R$ 3.900,00
 
27,5%
R$ 379,72
22,5%
R$ 339,17
R$ 40,55
R$ 4.100,00
(com 1 dependente)
 
27,5%
R$ 393,28
22,5%
R$ 348,07
R$ 45,21

Fonte: Sese – Subseção Dieese – Seeb/SP

 

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