O movimento sindical e social fez história junto ao Fórum Social Mundial (FSM) que neste ano completa 10 anos. Os bancários mais uma vez estarão presentes no encontro descentralizado que celebra, em Porto Alegre, entre os dias 25 e 29 de janeiro, essa década de construção de outros caminhos possíveis para a sociedade e o planeta.
A Contraf-CUT promove, em parceria com o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, a Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul e a Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong), o debate “Um outro sistema financeiro é possível”, que será realizado no dia 27 de janeiro, às 14h, na Casa dos Bancários, no centro da capital gaúcha.
O tema será desenvolvido a partir da exposição da professora americana, radicada na França, Susan Diordi, que abordará o sistema financeiro internacional. Em seguida, haverá apresentação do professor de economia política da PUC de São Paulo e assessor da Contraf-CUT, Carlos Eduardo Carvalho, que focará o mesmo tema sob a ótica brasileira.
Além de Porto Alegre, os 10 anos do FSM serão também celebrados nas cidades de Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga.
10 anos de reflexões e propostas
O FSM é um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais. Reuniu-se pela primeira vez em Porto Alegre, entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos.
“Em oposição ao modelo econômico do capital, o FSM se transformou em um espaço popular, de reflexões e organização de idéias”, afirma Ricardo Jacques, secretário de relações internacionais da Contraf-CUT. Para ele, “os 10 anos do FSM mostram o quanto este foi um processo assertivo, já que trouxe novas perspectivas para a sociedade e o planeta”.
“Após o período de auge da crise financeira mundial, o movimento sindical e social vem analisando as suas causas e efeitos, propondo alterações, mantendo a expectativa de que as vozes da sociedade mundial articulada sejam ouvidas pelos organismos internacionais”, conclui Ricardo Jacques.