(São Paulo) A Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a primeira desde a criação da Contraf-CUT para representar todos que trabalham no setor, será forte, com muita unidade e vontade de arrancar mais conquistas para os trabalhadores. Este foi o recado da 8ª Conferência Nacional, encerrada neste domingo, em São Paulo. Depois de cinco dias de debates, os representantes dos trabalhadores definiram a pauta de reivindicações. Os bancários querem 7,05% de aumento real mais a inflação do período, PLR mais justa com a distribuição de 5% do lucro líquido de forma linear, além da parte fixa e do percentual do salário.
“A Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro começa forte, com muita unidade e coesão. A Conferência foi excelente, houve um debate de alto nível e muita pluralidade. Os delegados eleitos pelos bancários em seus sindicatos construíram uma Minuta de Reivindicações da forma mais democrática possível”, disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
A Conferência Nacional ratificou a estratégia adotada três anos atrás de Campanha Nacional Unificada, entre funcionários de bancos públicos e privados. “Desde que optamos pela Campanha conjunta temos conseguido aumento real para todos. Isto mostra que estamos no caminho certo, tanto que 99% dos participantes da Conferência defenderam a unidade”, comentou Vagner.
O presidente da Contraf-CUT explicou que, diante da conjuntura atual em que a inflação do período é baixa, outras reivindicações se tornam tão importantes quanto o índice de reajuste. “Além do aumento real, temos com eixos principais desta Campanha PLR melhor, o fim do assédio moral e das metas excessivas, condições de saúde e segurança, além de igualdade de oportunidades para todos. Vamos, unidos, conquistar essas reivindicações”, destacou.
Participação
Com mais de 800 dirigentes sindicais de todo o país, as discussões revelaram a pluralidade de pensamentos, mas também o amadurecimento para se construir um consenso. “Os encontros setoriais que precederam a Conferência também foram fundamentais. A unidade foi muito grande e, onde houve divergência, os debates e decisões foram extremamente democráticos”, afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf.
Ao final da Conferência, os delegados votaram e decidiram apoiar a candidatura do presidente Lula nas eleições de outubro.
Fonte: Contraf-CUT