Um grupo de aproximadamente 100 dirigentes da CUT, de diversos ramos e entidades sindicais, protestou na manhã desta quarta-feira (15) diante do Ministério da Fazenda, em Brasília, contra a intenção da equipe econômica de elevar o salário mínimo para apenas R$ 540.
A CUT e as centrais sindicais reivindicam R$ 580.
Vestindo camisetas com as frases “Erradicação da miséria com salário digno” e “R$ 580 já”, os dirigentes também foram à cerimônia de despedida de Lula com os movimentos sociais, no Palácio do Planalto.
Até dia 31, a esperança continua de que Lula assine uma medida provisória com os R$ 580 para o salário mínimo, com aumento real. “Por isso, estamos com a camiseta aqui”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique, que pela manhã havia discursado sobre o caminhão de som diante do Ministério.
Artur disse aos jornalistas presentes que um aumento mais ousado que o defendido pela equipe econômica do futuro governo será um gesto político sintonizado com o discurso de campanha de Dilma, calcado na promessa de erradicar a miséria.
Mais que o próprio Bolsa-Família, os sucessivos aumentos do salário mínimo foram responsáveis por quase 70% de toda a transferência de pessoas das classes E e D para a classe C, segundo estudo feito neste ano por Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas.