Seeb Rio e funcionalismo do BB exigem atendimento digno da Cassi

Após uma longa negociação, entre a Comissão de Empresa e o Banco do Brasil, ficou acertado o repasse de R$300 milhões para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi). O objetivo era retirar a instituição do vermelho e o montante está sendo pago, parceladamente, desde 2007, quando foi fechado o acordo, aprovado através de plebiscito nacional.

“Nossa expectativa era que a recuperação financeira chegasse na forma de melhoria da qualidade dos serviços prestados, o que até agora não tem ocorrido”, afirmou Naide Ribeiro, diretor do Sindicato. O dirigente acrescentou que a entidade tem recebido muitas reclamações dos funcionários do BB sobre a Cassi. As principais são: a não renovação e ampliação da rede de credenciados; demora no pagamento dos médicos e laboratórios, que tem afastado muitos profissionais da Cassi, prejudicando os assistidos; e o mau funcionamento da Central de Atendimentos que não resolve os problemas. Além disto, muitas autorizações de cirurgias e outros procedimentos acabam sendo negados pela Cassi em cima da hora, sem explicação.

Denúncia

Um caso emblemático da péssima qualidade do atendimento da Cassi, foi a experiência vivida por um funcionário da CSO, do Andaraí, submetido a uma intervenção cirúrgica. Terminada a operação, como a Cassi não autorizou o uso de um quarto, ele foi obrigado a trocar de roupa, ainda grogue, no corredor do hospital. “Isto é um absurdo, ainda mais num plano de co-gestão, que em tese deveria prestar um tratamento humanitário e respeitoso a seus associados”, argumentou Naide. São situações como estas que estão aumentando o número de processos contra a Cassi, que acabam sendo pagos pelos próprios associados.

Outro problema que só ajudou a agravar a situação da Caixa de Assistência, foi a demissão dos profissionais que faziam parte das equipes multidisciplinares da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Este programa da Cassi investia na prevenção das doenças. A substituição deste método de atendimento por uma nova estrutura organizacional vem causando uma série de problemas para os associados, especialmente pela falta de funcionários. A também diretora do Sindicato dos bancários do Rio, Luciana Vieira, considera estas demissões parte do sucateamento que a Cassi vem sofrendo. “A diminuição do quadro de pessoal foi desastrosa e as principais vítimas são, além dos demitidos, os associados da Cassi”, afirmou a dirigente. O Sindicato solicita que as denúncias sobre a Cassi sejam encaminhadas à Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato. Desta forma, poderá exigir a solução dos problemas.

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