Bancos sobem juros de cheque especial que atingem média de 8,2% ao mês

Os juros cobrados em empréstimos e financiamentos concedidos aos consumidores subiram em maio e atingiram o maior nível desde agosto de 2012. Foi a 12ª alta seguida nas taxas, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Segundo a Anefac, a taxa média cobrada da pessoa física ficou em 5,98% ao mês, ou 100,76% ao ano. Em abril, a média foi de 5,96% mensais (100,31% anuais). Os números são médias e variam de acordo com cada banco e cliente, havendo percentuais maiores e menores.

Das seis linhas destinadas a pessoas físicas que foram pesquisadas pela associação, cinco tiveram elevação.

No cheque especial, a taxa média, que era de 8,18% mensais em abril, ficou em 8,22% mensais em maio. Os juros cobrados do comércio passaram de 4,58% para 4,62% ao mês.

Os juros médios cobrados no financiamento de automóveis por meio do crédito direto ao consumidor também subiram. A taxa era de 1,78% ao mês e passou para 1,80% ao mês.

No empréstimo pessoal concedido pelos bancos, as taxas passaram de 3,40% para 3,41% mensais; no empréstimo pessoal oferecido pelas financeiras, a média saiu de 7,28% para 7,29% ao mês.

A taxa cobrada no cartão de crédito foi a única que não subiu, permanecendo estável. Apesar disso, ela é a mais alta entre as seis pesquisadas pela Anefac: 10,52% ao mês, ou 232,12% ao ano.

Juros do consumidor crescem em ritmo maior do que a Selic

De acordo com a pesquisa da Anefac, os juros cobrados do consumidor têm subido num ritmo bem mais rápido do que a taxa básica de juros da economia, a Selic, que é determinada pelo Banco Central.

De março de 2013 até agora, a Selic teve uma elevação de 3,75 pontos percentuais, passando de 7,25% ao ano para 11% anuais.

Nesse mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 12,79 pontos percentuais, de 87,97% para 100,76% ao ano.

Taxa cobrada das empresas também teve alta em maio

A Anefac também pesquisa os juros que as instituições financeiras cobram das empresas. Nesse caso, em maio, as três linhas pesquisadas (capital de giro, desconto de duplicatas e conta garantida) tiveram alta.

Na média, os juros cobrados da pessoa jurídica passaram 3,39% em abril para 3,41% ao mês em maio.

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