Protestos contra o fechamento de agências do banco inglês
Os bancários paralisaram as quatro agências do HSBC em São José do Rio Preto (SP) em protesto contra as demissões que vem ocorrendo no banco inglês. O movimento fez parte do Dia Nacional de Luta dos funcionários, que exige que o HSBC respeite o Brasil, seus clientes e os 23 mil funcionários do banco.
Segundo Edemilson Favaron, diretor do Sindicato dos Bancários de São José do Rio Preto, a situação dos funcionários nunca esteve tão ruim desde que o HSBC adquiriu o Bamerindus e vem atuando há 17 anos no Brasil. O banco não oferece, segundo o sindicalista, os serviços de atendimento com a qualidade e respeito que seus clientes e usuários merecem. Por isso, ocorrem filas, demora no atendimento e na solução dos problemas.
Apesar de figurar em primeiro lugar no ranking, feito pela revista “Financial Times”, como um dos maiores bancos do mundo, acumulando patrimônio de US$ 27,5 bilhões de dólares e lucro de US$ 16,2 bilhões no ano passado, a política do HSBC no Brasil é a de reduzir custos. Somente nos três primeiros meses deste ano, 20 agências já foram fechadas no país e 142 funcionários dispensados.
Para aumentar ainda mais as incertezas, o HSBC iniciou mais um processo de mudanças no Brasil, que deve gerar ainda mais demissões, com a transformação de agências convencionais nas chamadas “agências de negócios”, com menor estrutura e praticamente sem funcionários para atender o público.
Em São José do Rio Preto, a paralisação ocorreu durante todo o dia, parando o atendimento das agências do HSBC do centro, da Avenida Nossa Senhora da Paz e da Avenida Bady Bassitt. Ao todo, cerca de 100 funcionários dessas agências ficaram sem atender o público.
