Sindicato dos Bancários de São Paulo completa 95 anos de luta

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região completa 95 anos de luta pelos direitos dos trabalhadores, pelos direitos da cidadania e em defesa da democracia brasileira nesta segunda-feira (16).

“Todas as grandes lutas desse país têm a participação do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Em especial na luta pela democracia e por direitos. Nosso sindicato já passou por 5 intervenções na ditadura, exatamente por ser combativo e defender os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Juvandia foi a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Bancários de São Paulo, de 2011 a 2017.

A jornada de seis horas de trabalho para a categoria bancária, vales alimentação, refeição, 13ª cesta, auxílio-creche/babá, PLR, complementação salarial aos afastados por doença, auxílio para requalificação profissional, entre outros direitos são algumas das conquistas da luta da categoria que hoje fazem parte da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Os bancários foram a primeira categoria a ter garantido em acordo o direito à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a promoção da igualdade de oportunidades, a licença-maternidade de 180 dias, paternidade de 20 dias, um instrumento de combate ao assédio moral e centros de realocação e requalificação profissional, nos bancos, com o objetivo de evitar demissões.

A categoria dos bancários é a única a possuir uma CCT que abrange todo o território nacional. “Essa também é uma conquista da luta da categoria que contou com grande contribuição do Sindicato dos Bancários de São Paulo”, observou a presidenta da Contraf-CUT.

Cerca de um terço dos trabalhadores da categoria no país estão na base sindical do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “O Sindicato e os trabalhadores estão de parabéns por tudo o que conquistaram. Mas, neste ano, teremos a primeira negociação após a aprovação da reforma trabalhista, que jogou no lixo anos de luta e de conquistas, não apenas dos bancários, de todos os trabalhadores. Tenho a certeza de que o sindicato vai batalhar pela manutenção dos direitos. A categoria precisa estar atenta e mobilizada para fortalecer essa luta”, completou Juvandia.

“Desde 2004 até 2017 a mobilização dos bancários ao lado do Sindicato garantiu aumentos salariais acima da inflação, garantindo ganho real de 20,26%. No piso, esse aumento foi ainda maior, 41,6%. Assim como nos vales refeição, 35,4%, e alimentação, 36,9%”, lembrou a presidenta do Sindicato, Ivone Silva. “Em 2016, nossa luta garantiu acordo de dois anos que permitiu aos bancários ter aumento real de 1% e manter todos os direitos, mesmo com o desmonte trabalhista de Temer aprovado em julho deste ano.”

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