Seeb/SE vai entrar na Justiça contra terceirizações no Banese

A direção do Sindicato dos Bancários de Sergipe reuniu-se com a direção do Banese, no último dia 13, para tratar de quatro questões pendentes: terceirizações; retirada de auxílio moradia e de ajuda de custo; reajuste das comissões; e a minuta específica dos baneseanos.

“A discussão foi retomada. Deixamos clara nossa posição contrária em relação às terceirizações, mesmo assim eles afirmaram que vão continuar. O banco está substituindo os caixas por funcionários do Banese Card, que não são bancários, mas fazendo todas as movimentações financeiras. Não podemos concordar com isso”, afirma José Souza, presidente do Sindicato dos bancários de Sergipe.

O banco respondeu que é decisão da diretoria continuar com o processo de terceirizações nos postos Banese, que eles chamam de ajustes. Para o banco, essa discussão já foi encerrada, mas para o Sindicato, não. O Seeb/SE discorda das terceirizações e está entrando com ação na Justiça do Trabalho.

Sobre as comissões, a direção do banco deixou a idéia de que vai continuar discutindo na próxima reunião, marcada para o dia 27. Quando estava saindo, a direção passada deixou um pacote com reajustes nas comissões entre 102%, para a Superintendência, e 35%, para o coordenador de atendimento. Discriminados, caixas e compensadores não tiveram nenhum reajuste.

Sobre a retirada da ajuda de custo e auxílio moradia, a diretoria do banco prometeu reexaminar o assunto e responder. Porém, até o momento do fechamento desta edição não havia chegado ao Seeb/SE nenhuma resposta.

No que diz respeito à minuta, o banco apresentou como ‘novidade’ o projeto de Remuneração Estratégica que, para o Sindicato, é a já combatida remuneração variável. “Essa proposta de Rodrigo (Corumba) é velha. Não tem nada de novo. A gente defende é o Plano de Cargos e Salários (PCS), com a participação do Sindicato”, afirma Ivânia Pereira, secretária de Saúde do Sindicato e funcionária do Banese.

“No primeiro momento, quando o reajuste das comissões e algumas medidas foram anunciados, me manifestei favorável, visto que a argumentação apresentada era a de que se pretendia corrigir distorções existentes. Entretanto, deixei claro que era preciso que a direção se dispusesse a corrigir os problemas gerados com as distorções”, destaca o diretor Luiz (Lula) Alves.

“Não dá para aceitar que alguns tenham mais de 100% de reajuste na comissão, sem nenhuma perda, outros, reajustes menores com perdas, e outros não tenham nada de reajuste. A direção mudou, mas continua a ideia antiga de Remuneração Variável, agora com o nome de Projeto de Remuneração Estratégica, que no fundo é a mesma coisa”, critica Edson Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do Banese.

“Tem gente que não quer ver o que está acontecendo no mundo. No centro da crise financeira internacional, encontra-se essa história de Remuneração Variável. Porém, o bom caminho para o Banese é instalar o debate junto aos funcionários sobre o PCS”, reforça Souza.

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