“Readmitir para não destruir a Caixa Econômica Federal, um banco social”. Esse foi o slogan que mobilizou a empresa por um período de três meses no início dos anos 90, quando perto de 2.500 empregados concursados foram demitidos em 18 de junho daquele ano pelo governo Fernando Collor de Melo, curiosamente uma semana depois desse contingente de bancários ter concluído estágio probatório.
As demissões foram assinadas por Lafaiete Coutinho (preposto de Collor), que na época era o presidente da Caixa. O ato, classificado de arbitrário e abusivo, desencadeou em todo o Brasil horas, dias e meses de muita luta e resistência, com protestos, negociações, viagens a Brasília, venda de camisetas e arrecadação de fundos para a manutenção dos demitidos.
A luta pela reintegração foi imediata e irrestrita, mostrando-se decisiva para que muitos empregados demitidos ingressassem no movimento sindical, passando a lutar, com muitos outros colegas, em defesa da Caixa como banco público, a serviço do país e de sua população.
A readmissão de todos os demitidos pelo Collor foi uma das principais conquistas da campanha salarial de 1990, constando em acordo coletivo. Serviu também para combater o arrocho salarial na Caixa, como resultado da política de caráter privatizante do “marajás das Alagoas”.
A partir daí, o movimento dos bancários da Caixa foi intensificado, pois os ataques aos trabalhadores continuaram com Álvaro Mendonça (outro preposto de Collor) e com o governo Fernando Henrique Cardoso.