O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte realizou ontem pela manhã, 29 de abril, atos de protesto contra o HSBC que vem dispensando um péssimo tratamento a seus clientes e funcionários no Brasil. Como prova disso, o banco inglês foi líder absoluto de reclamações no Banco Central no ano passado e já vêm se destacando nos primeiros lugares neste ano de 2009. A principal causa dessas péssimas condições de atendimento é a falta de funcionários nas agências. O Sindicato foi representado pelos diretores Geraldo Rodrigues e Giovanni Alexandrino, que realizaram as manifestações com paralisações parciais nas três principais agência do banco em Belo Horizonte: Agência Centro, Palácio das Artes e Assembléia.
Os problemas estão relacionados com a falta de funcionários que sobrecarrega os trabalhadores nas agências e impede eles atendam clientes e usuários de forma adequada. Por outro lado, o estresse, a pressão, a cobrança de metas abusivas e o excesso de trabalho fazem com que os trabalhadores adoeçam e, no limite, peçam demissão do banco, prejudicando ainda mais o atendimento.
Além da sobrecarga, os trabalhadores do HSBC recebem os piores salários do mercado e o banco exige deles o cumprimento de metas altíssimas de desempenho, aumentando a pressão. Apesar do lucro do banco no Brasil ter atingido R$ 1,350 bilhão, 9% maior que em 2007, a empresa recentemente tomou a decisão de descontar os programas de remuneração vinculados ao cumprimento dessas metas de outras verbas recebidas pelos trabalhadores. A decisão foi tomada de forma unilateral e de surpresa, fazendo com que todo o esforço aplicado pelos bancários durante o ano para cumprir as metas e melhorar seus rendimento foi jogado no lixo.
Muitos gerentes não receberam um centavo sequer para compensar todo o sofrimento por que passaram para cumprir as absurdas metas impostas pela diretoria do banco. O setor que mais se destacou foi justamente a área comercial, a mais prejudicada pela mudança na remuneração, que foi responsável por 37% do resultado da empresa.
Alguns diretores chegaram a receber R$ 475 mil de PLR. Há regionais, aqueles entre os quais estão os principais responsáveis por humilhar e maltratar os gerentes para pressionar pelo cumprimento de metas – que receberam mais de R$ 100 mil de PLR/PPR.
Aos clientes, restam o atendimento precário, feito por funcionários desvalo-rizados, insatisfeitos e sobrecarregados, e o pagamento de tarifas que atingem valores cada vez mais altos, incomparáveis com outros lugares do mundo.
Para os funcionários do HSBC e diretores do Sindicato Geraldo Rodrigues e Giovanni Alexandrino, o Sindicato continuará na luta por melhores condições de trabalho, e seguir com a pressão sobre o banco até que ele assuma as suas responsabilidades e contrate mais funcionários, dando fim a exploração excessiva que vêm ocorrendo.