A greve nacional da categoria bancária ganha mais força a cada dia em todo Brasil. E no Pará e no Amapá a situação não é diferente. Nesta segunda-feira, 28 de setembro, a greve chegou ao seu quinto dia com o registro de 43 municípios paraenses e dois municípios amapaenses com agências de bancos públicos e privados em paralisação por tempo indeterminado.
O Comando Nacional dos Bancários esteve reunido neste sábado (26), em São Paulo, e considerou surpreendente o nível de adesões à greve em todo país. O balanço nacional do movimento mostra que já no primeiro dia de greve (24), 2.881 agências paralisaram suas atividades, além de centros administrativos de todos os bancos. A greve cresceu ainda mais na sexta-feira (25), parando 4.791 agências, o que representou aumento de 65,9% em relação ao dia anterior.
Além de avaliar a greve, o Comando Nacional decidiu enviar ofício à Fenaban cobrando a retomada das negociações a partir desta terça-feira (29) e reafirmando as reivindicações da categoria por aumento real de salário, PLR maior, valorização dos pisos, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.
Novidades positivas
A força da greve da categoria bancária já começa a surtir efeitos positivos em favor dos trabalhadores. Aqui no Pará, por exemplo, o movimento grevista conseguiu fazer com que o Banpará reunisse com as entidades de base nesta segunda-feira (28) e marcasse um calendário de reuniões para discutir a minuta específica.
Negociação no Banco da Amazônia
No Banco da Amazônia haverá nova rodada de negociação específica nesta terça-feira (29), às 10h, na Matriz da empresa, em Belém, onde serão pautadas todas as cláusulas econômicas e sociais da minuta específica dos empregados do banco, inclusive a PLR. Antes, às 7h, os trabalhadores farão um ato em frente à Matriz para fortalecer a luta dos trabalhadores em defesa de suas reivindicações.
Bradesco Marabá
Apesar de a gerência da agência Marabá do Bradesco tentar pressionar e intimidar bancários que estão na linha de frente da greve no município chamando, inclusive, a polícia para reprimir o movimento, a greve se fortalece na região e a referida agência não está em funcionamento. Essas foram as informações repassadas ao Sindicato pela manhã.
O Sindicato reafirma que está atento ao que se passa em toda a nossa base e qualquer prática anti-sindical por parte da empresa que vise ferir o direito de greve dos trabalhadores, garantido pela Constituição Federal de 1988, pode acarretar consequências políticas e jurídicas da nossa parte.