A taxa de desemprego subiu em todas as regiões brasileiras, no terceiro trimestre, em relação a igual período de 2015, segundo o IBGE. A maior foi apurada no Nordeste, onde o índice passou de 10,8% para 14,1%. No Sudeste, a taxa foi de 9% para 12,3% e no Norte, de 8,8% para 11,4%. A menor é a da região Sul (7,9%, ante 6% no ano passado), enquanto no Centro-Oeste subiu de 7,5% para 10%. Os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados pelo instituto nesta terça-feira (22). A taxa média é de 11,8%, o que corresponde a 12,022 milhões de desempregados no país.
Os estados com maior taxa de desemprego são Bahia (15,9%), Pernambuco (15,3%) e Amapá (14,9%). E os menores, Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%). Com taxa de 12,8%, São Paulo concentra 3,111 milhões de desempregados, um quarto do total nacional. Em um ano, o crescimento foi de 38,4%, um acréscimo de 864 mil pessoas. Essa alta é superior à media do país (33,9%).
O rendimento médio fica acima da média brasileira (R$ 2.015) nas regiões Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207) e abaixo no Norte (R$ 1.539) e no Nordeste (R$ 1.348). Em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, o Centro-Oeste tem estabilidade e as demais registram queda, com destaque, segundo o instituto, para o Nordeste, onde a retração foi de 3,9%.
A chamada taxa de subutilização da força de trabalho foi de 21,2%, o que corresponde a 22,9 milhões de pessoas, ante 18% há um ano. Esse indicador inclui a taxa de desemprego, a de desocupação por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial. Varia de 13,2% (região Sul) a 31,4% (Nordeste).
Já a taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação passou de 14,4%, em 2015, para 16,5%. Isso inclui 12 milhões de desempregados e 4,8 milhões de subocupados – pessoas que têm jornada de menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar em um período maior. Essa taxa vai de 10,7% (Sul) a 22,9% (Nordeste).
E a taxa combinada de desemprego mais força de trabalho potencial atingiu 16,8% (6,1 milhões de pessoas), ante 12,8% há um ano. Esse grupo corresponde a pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar.