(São Paulo) Os diretores e conselheiros eleitos da Previ encaminharam correspondência ao presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, cobrando negociação sobre a utilização do superávit da Previ na melhora dos benefícios aos associados. Essa melhora nos valores dos benefícios é um compromisso dos representantes dos funcionários.
Em 4 de janeiro, o presidente do BB se comprometeu, em reunião com os representantes dos bancários, a iniciar as negociações. Contudo, mais de dois meses depois, Lima Neto ainda não cumpriu a promessa.
Em setembro de 2006, a Comissão de Empregados apresentou documento cobrando a melhora de benefícios para os associados do Plano 1. Em dezembro de 2005, os diretores eleitos já haviam apresentado, no Conselho Deliberativo, propostas para a melhoria dos benefícios.
Leia a seguir, a íntegra do documento enviado, no último dia 5 de março, ao presidente do Banco do Brasil.
Senhor Presidente,
Há um ano os conselheiros deliberativos eleitos da Previ apresentaram àquele colegiado uma série de propostas de melhorias de benefícios e solicitaram à Diretoria Executiva da entidade que encaminhasse os cálculos atuariais necessários. Várias simulações de cálculos foram apresentadas.
Os representantes do banco no Conselho Deliberativo da Previ se comprometeram a apresentar o posicionamento da empresa quanto às melhorias de benefícios ainda no primeiro semestre de 2006, mas até o momento não o fizeram.
Os sindicatos também reivindicaram da empresa a negociação das demandas dos associados, contidas nas propostas apresentadas pelos conselheiros eleitos, solicitando aumento do teto de benefícios, revisão da proporcionalidade no critério de cálculo dos benefícios, antecipação do benefício para as mulheres aos 45 anos, revisão no valor das pensões e melhoria no benefício mínimo, que até o momento não foram atendidas.
O balanço de 2006 mostra que a Previ contabilizou Reserva de Contingência de R$ 14,2 bilhões e Reserva Especial para Revisão de Plano de R$ 20,5 bilhões. Diante de tão robustos números, faz-se urgente agilizar o processo de negociação envolvendo melhorias de benefícios e a revisão do plano, tendo presente o fato de que, ao final deste exercício, completaremos o terceiro ano de contabilização da reserva especial e, então, a revisão do plano será obrigatória para atender aos ditames da Lei Complementar 109/2001.
Outra questão pendente é o fim do voto de qualidade, cuja solução o funcionalismo reivindica desde o ato de intervenção, em 2002.
Conscientes da importância de negociar solução para esse conjunto de medidas que atendam ao anseio do funcionalismo, os dirigentes eleitos da Previ solicitam reunião com V. Sª. para discutir tais questões, pendentes de solução desde março de 2006.
Saudações,
José Ricardo Sasseron – Diretor de Seguridade
Francisco Ferreira Alexandre – Diretor de Administração
Cecília Mendes Garcez Siqueira – Diretora de Planejamento
José Wilson da Silva – Conselheiro Deliberativo
Valmir Marques Camilo – Conselheiro Deliberativo
Odali Dias Cardoso – Conselheiro Deliberativo
Antonio Carlos Lima Rios – Conselheiro Deliberativo suplente
Luiz Carlos Teixeira – Conselheiro Deliberativo suplente
