Secretário da Contraf-CUT participa da Assembleia da OEA como observador

O secretário da Contraf-CUT, Mario Raia, discursa em reunião da OEA

O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mario Raia, participou como observador, nesta segunda e terça-feiras (dias 15 e 16), da 45ª Assembleia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington, nos Estados Unidos. Raia foi convidado pela CUT Nacional e representou a central sindical, a Confederação Sindical das Américas (CSA) e o Conselho Sindical de Assessoramento Técnico (Cosate).

Para Raia, o mais importante para os trabalhadores foi a participação nas atividades prévias à 45ª Assembleia. O secretário da Contraf-CUT participou do diálogo dos chefes de delegação e dirigentes da OEA com representantes da sociedade civil, sindicatos trabalhistas, setor privado e outros atores sociais. O tema desse encontro foi “O Presente e futuro da Organização dos Estados Americanos”.

Raia lembrou que a CSA construiu uma articulação com outros movimentos sociais para lutar por questões como a democratização dos meios de comunicação, a implementação de uma reforma agrária, a igualdade de gênero e o fim de todo tipo de violência e discriminação contra as mulheres e LGBTs.

Eís a íntegra do discurso do secretário da Contraf-CUT no evento:

” Primeiramente gostaria de felicitar a eleição do novo secretário-geral da OEA, Sr. Luiz Almagro, e dizer que nossa breve fala vai na direção das suas primeiras palavras na abertura desse diálogo.

Quero reforçar a importância dos espaços democráticos e da presença da sociedade civil na agenda da OEA.

A democratização dos espaços dos espaços internacionais é uma agenda que interessa aos sindicatos e estamos dispostos a construir essa agenda com as diversas expressões da sociedade civil, comprometidas com a paz, a justiça social, a tolerância e com temas que permitam sociedades mais inclusivas, respeitadoras da diversidade que está presente em nossas sociedades.

A CSA e seus afiliados construíram uma articulação com outros movimentos sociais que vem de uma tradição de luta pelas grandes causas que interessam aos trabalhadores(as), como a democratização dos meios de comunicação (cujo monopólio atua para tentar desestabilizar governos, como tem acorrido atualmente no Brasil), a implementação de uma efetiva reforma agrária nos países da região, lutando contra a concentração de terra (hoje pela manhã, por exemplo, li na capa do jornal do Washington Post sobre um americano justificando que pessoas de classes mais ricas, abastadas, pelo fato de supostamente pagarem mais taxas e impostos, deveriam ter tratamento privilegiado no acesso à água), pela igualdade de gênero e o fim de todo tipo de violência e discriminação contra as mulheres e LGBTs. Coincidentemente, hoje está ocorrendo aqui em Washington o Capital Pride Street Festival – é uma boa oportunidade para nos somarmos em defesa da luta dessas minorias.

Lutamos ainda pela defesa dos povos originários, seus conhecimentos ancestrais e seus territórios, pela defesa dos bens comuns contra o poder concentrado das corporações e sua influência na economia e na política em nossos países com interesses nem sempre muito democrático. Obrigado.”

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