Para combater as LER/Dort, é preciso melhorar as condições de trabalho

No dia 28 de fevereiro, é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre as Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort). A intenção é difundir as causas e combater a disseminação destas doenças, que estão entre as principais responsáveis por afastamentos do trabalho.

Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mais de 45% dos benefícios previdenciários concedidos têm como causa as LER/Dort. Consideradas como questão de saúde pública mundial, tais doenças são símbolo do descaso das empresas no que diz respeito à integridade física e mental de seus funcionários. As lesões são acarretadas por atividades desenvolvidas diariamente no ambiente de trabalho, resultando em dor e sofrimento ao trabalhador, podendo inclusive atingir estágios irreversíveis.

Dentre as categorias mais afetadas estão os bancários, metalúrgicos, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias e jornalistas. Na categoria bancária, os afastamentos decorrentes das lesões são, em média, de 493 dias contra uma média nacional de 269 dias.

“A maior causa dos problemas de saúde dos bancários está na forma de organização do trabalho imposta pelos bancos, com metas abusivas, pressão constante, jornadas excessivas e condições inadequadas de trabalho. Os trabalhadores precisam ter a possibilidade de discutir estes temas e interferir na definição na organização do trabalho e a Contraf-CUT está lutando para isso”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

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