O Itaú Unibanco está no topo da lista de reclamações recebidas pelo Banco Central no último mês de dezembro contra os maiores bancos do país. Na sequência, aparecem HSBC, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
A origem das reclamações deve-se, principalmente, à ocorrência de débitos não autorizados, operações não reconhecidas, saques/depósitos divergentes, restrições aos canais de atendimento convencionais, cobrança irregular de tarifas, descumprimento de prazos, problemas com crédito consignado, dentre outros.
Para o diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP, Valdir Machado de Oliveira, os processos de fusão, atualmente em curso, não estão trazendo benefícios para a sociedade. “As instituições em fusão/incorporação propagam na mídia que tais processos são uma forma de melhor cumprir seu papel social. No entanto, a liderança do Itaú no ranking de reclamações do BC deste final de ano comprova que não é bem assim”, afirma.
Conforme o dirigente, persiste o mau atendimento prestado a clientes e usuários, como fruto do número reduzido de trabalhadores disponíveis nas agências bancárias. “Para solucionar tal situação, nós, do movimento sindical, cobramos há tempos a ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho, o que elevaria as contrações e, consequentemente, um melhor atendimento à sociedade. Sem contar na preservação da saúde da categoria. Hoje, existe um ciclo vicioso. Os bancários são obrigados a vender produtos com metas abusivas. Isso os leva a extrapolar o horário de trabalho e a adoecerem física e mentalmente. Como consequência reduz-se ainda mais o número de bancários nos locais de trabalho, prejudicando o atendimento e resultando nas devidas reclamações”.