Reunião dos dirigentes sindicais com superintendente do BNB
Foi realizada na manhã de sexta-feira (21), na sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Teresina, uma reunião com a presença do superintendente da instituição no Piauí, Francisco das Chagas Lopes, o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Sousa, o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses de Oliveira, bem como os diretores do Sindicato, Lusemir Carvalho e Gilberto Mendes, além de outros representantes da direção do BNB local. Houve avaliação sobre as consequências do processo de reestruturação do BNB no Piauí, no qual 17 funcionários da capital foram relacionados para perder a comissão e onde e como seriam realocados na nova estrutura do banco.
O comunicado do BNB sobre as mudanças pegou os funcionários de surpresa e criou-se um clima de tensão, obrigado as entidades sindicais a intervirem no processo.
Carlos de Sousa disse que o momento é de acalmar os ânimos dos trabalhadores e tentar buscar uma solução concreta para eles. “Queremos saber como, de fato, está ocorrendo esse processo de reestruturação e dotações, e como vai ficar a situação desses funcionários”, enfatiza.
Durante a reunião, José Ulisses questionou a política do BNB de não ter mantido um canal de comunicação direto para esclarecer aos funcionários sobre o processo, uma vez que souberam da notícia de surpresa quando chegaram para trabalhar e não encontraram birô e nem computador no local de trabalho. “Faltou comunicação”, diz ele.
O dirigente da Contraf-CUT falou da necessidade das mudanças determinadas pelo banco, no entanto, destacou que os trabalhadores não podem ser penalizados de qualquer forma. “Eles estão querendo saber como ficam a remuneração com tais mudanças”, ponderou, acrescentando que a Confederação recebeu várias denúncias e queixas contra o BNB, motivo este que pediu cautela e que levou a entidade a procurar o banco para se inteirar dos fatos.
Foi esclarecido pelo banco que, neste processo, dos 17 funcionários, alguns são excedentes na nova estrutura e outros permanecem e devem ser remanejados para outros setores. Do total, nove vão perder comissão e oito serão realocados, sendo que destes, cinco já não tinham função e três perderam comissão.
Por sua vez, Lopes fez questão de falar que a Superintendência do BNB não está envolvida na reestruturação, mas apenas recebeu as orientações necessárias para por em prática. “Mas o banco está preparado para trabalhar com excedentes na capital”, disse.
Lusemir Carvalho criticou a forma como o BNB iniciou o processo, pois o fez sem um diálogo com os trabalhadores, nem tampouco os preparou psicologicamente. “Tem bancário tomando remédio controlado por conta disso”, lamentou a sindicalista.
Gilberto Mendes enalteceu a boa relação do movimento sindical com a Superintendência do BNB em termos de política sindical, “mas o banco vai ter que assumir a responsabilidade para com esses trabalhadores, até porque têm funcionários com muitos anos de banco”, relata
Cobrando uma forma de minimizar o problema neste momento, Carlos de Sousa pediu uma posição do superintendente do BNB. Lopes sugeriu, então, uma reunião com os 17 funcionários para buscar uma solução, pelo menos nesse prazo de quatro meses que entram em carência de salário, além de tirar todas as dúvidas sobre o processo de reestruturação. O encontro ficou agendado para às 16h do dia 25, na sede do banco.
Para finalizar, Carlos de Sousa frisou que a Contraf-CUT e o Sindicato vão acompanhar o caso bem de perto, cobrando do BNB o compromisso de minimizar o impacto financeiro na vida dos trabalhadores. “Têm coisas que precisam avançar e melhorar e nosso papel é achar uma solução para o problema”, conclui.