Seminário no Pará debate regulamentação do Sistema Financeiro Nacional

Encontro contou com delegados sindicais de todas as regiões do Estado

Uma programação de alto nível! Assim definiram os participantes do Seminário sobre o Sistema Financeiro Nacional realizado pelo Sindicato dos Bancários do Pará nos dias 14 e 15 de março, em Belém. A atividade reuniu pouco mais de 100 inscritos nos dois dias de seminário, principalmente delegados e delegadas sindicais de todas as regiões do Estado.

Entre os palestrantes convidados, destaque para as apresentações de Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT; da economista do DIEESE, Regina Camargos; do economista e ex-presidente do Banpará, Edilson Rodrigues; e da bancária e ex-governadora do Pará, Ana Julia Carepa.

Para a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, o seminário contribuiu para que a categoria bancária discuta com a sociedade a necessidade de uma reforma política no Brasil, que garanta a participação popular no ordenamento do sistema financeiro nacional.

“O seminário foi muito esclarecedor no sentido de mostrar que a regulamentação do sistema financeiro nacional é imprescindível, pois somente assim a sociedade poderá interferir sobre o acesso ao crédito, a redução dos juros e das tarifas bancárias, a melhoria real do atendimento nos bancos com a contratação de mais bancários e abertura de mais agências, dentre outras ações defendidas pelo nosso movimento sindical bancário em benefício da população como um todo”, destaca Rosalina.

Temas como terceirizações, rotatividade, acesso ao crédito para populações tradicionais e de baixa renda, juros e tarifas, segurança bancária, o papel social dos bancos, novas tecnologias, dentre outros assuntos, foram abordados durante a programação.

“Vivemos hoje um período de alta concentração bancária, sobretudo com a fusão de bancos. A busca incessante dos banqueiros pelo aumento de seus lucros gera impactos diretos na vida não apenas dos bancários, mas de todo cidadão. As demissões, as imposições de metas abusivas, a rotatividade no meio bancário, as terceirizações, as políticas de juros, fragilizam o emprego bancário, afetam a saúde do bancário, mas também afetam toda a sociedade. A questão que está colocada é: como a sociedade pode interferir na vida do sistema financeiro nacional? E acredito que, nesse sentido, nós do movimento bancário temos muito a contribuir com o nosso país”, ressaltou Miguel.

Para Ana Julia, a democratização do sistema financeiro nacional é fundamental para o Brasil avançar em sua política de redistribuição de renda.

“Apenas os bancos, a grande mídia, as grandes empresas têm poder de decisão sobre o sistema financeiro nacional, e a grande maioria da sociedade fica alijada desse debate. Acho que essa iniciativa do Sindicato dos Bancários é muito positiva, na medida em que aproxima esse debate da categoria com a sociedade como um todo, pois somente com conhecimento é possível apontarmos caminhos que ajudem a democratizar o sistema financeiro e redistribuir renda para quem de fato precisa nesse país e em nosso Estado”, afirmou a ex-governadora.

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