A Contraf-CUT e a Caixa reuniram-se nesta quarta-feira (30), em Brasília, no segundo encontro do GT dos caixas. O grupo de trabalho foi formado por pressão dos empregados, depois da publicação da RH 184, versão 33, em julho deste ano, que criou os caixas-minuto. Depois de intenso debate, a Caixa apresentou as formas de remuneração e incidência sobre o pagamento no exercício da função e afirmou que vai analisar os questionamentos apresentados pelos empregados.
Os representantes dos empregados afirmaram que a criação dos caixas-minuto desqualifica a função, que na Caixa tem especializações distintas dos bancos privados, como o atendimento ao pagamento do FGTS, PIS e crédito imobiliário, que a medida indica também que a Caixa segue o caminho dos bancos privados, de desmonte das agências físicas e enfoque nas agências digitais, priorizando o mercado ao invés dos cidadãos.
“É um projeto privatista que além de prejudicar os empregados, precariza o atendimento à população e desfigura o papel social da Caixa, queremos a Caixa 100% pública e o respeito aos empregados e à população passa por não aceitarmos medidas como essa do caixa-minuto” afirma Dionísio Reis, coordenador da CEE- Comissão Executiva dos Empregados.
Atendendo à solicitação dos empregados, a Caixa esclareceu sobre os reflexos nos salários de quem fica como caixa-minuto. Quando o empregado ficar duas horas no caixa, por exemplo, a hora extra será calculada sobre a remuneração base mais o reflexo do tempo que ficou como caixa-minuto; 0 13º será proporcional à fração em que trabalhou na função, há reflexo também sobre o descanso semanal remunerado. O mesmo não acontece no caso das férias, das conversões da APIP´s e licença-prêmio.
Os representantes dos empregados pediram que a Caixa fizesse um comparativo de custos sobre os casos em que os empregados que trabalhem como caixas-minuto todos os dias e a remuneração anterior à sua criação. “Eles informaram que o custo é muito parecido, o sentido dessa mudança só pode ser instituir o trabalho sob demanda na caixa e desfigurar o papel do banco", afirma o coordenador da CEE.
A Caixa ficou de trazer contribuições para uma proposta a ser debatida no grupo em uma nova reunião, que acontece no dia 7 de dezembro, também em Brasília.