AGÊNCIA ESTADO
FERNANDO NAKAGAWA
O Banco de Brasília (BRB) teve lucro líquido de R$ 71,8 milhões no acumulado do primeiro semestre do ano, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pela instituição. De acordo com os números, o resultado foi ligeiramente superior ao observado em igual período de 2008, quando o lucro somou R$ 70,1 milhões. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), usou os números para reafirmar que não pretende vender o BRB ao Banco do Brasil.
Ontem, Arruda disse publicamente que os resultados que seriam apresentados nesta quinta-feira reafirmam sua disposição de não vender a instituição. Disse ainda que o processo de profissionalização implantado na instituição colocou o BRB no caminho de volta do lucro. Deu como exemplo a retomada do plano de expansão do banco, que se prepara para abrir agências em Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS).
A desistência de Arruda em vender o BRB aconteceu porque o valor ofertado pelo BB é muito inferior ao esperado pelo governo distrital. A equipe de Arruda avalia que o banco federal não tem demonstrado interesse em tentar negociar a ampliação da oferta e que, por isso, é preferível manter a instituição com o governo local.
No balanço, a instituição informa que a carteira de operações de crédito do BRB somava, no fim do primeiro semestre, R$ 3,1 bilhões. O valor representa um salto de 32,3% na comparação com igual período de 2008. De janeiro a junho de 2009, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido ficou em 14,77%.
O balanço mostra ainda que as receitas de intermediação financeira somaram R$ 535,6 milhões, com expansão de 20,3% em relação a igual período de 2008. O crescimento das receitas, no entanto, foi muito menor que a expansão da despesa de intermediação financeira, que saltou 89,3% na mesma base de comparação, para R$ 292,6 milhões.