O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, e a secretária nacional de Combate ao Racismo, Júlia Nogueira, abrem oficialmente na próxima terça-feira, dia 6, o mês da consciência negra, com o Ato pela Igualdade Racial no Trabalho e na Vida, em São Paulo.
Às 17h30, Vagner e Júlia darão uma entrevista coletiva à imprensa no Hotel Braston (Rua Martins Fontes, 330) para falar sobre o objetivo das ações, sobre as atividades serão realizadas no mês em todo o país e sobre as desigualdades salariais e sociais que atingem os/as negros/as no Brasil, que políticas públicas são necessárias para reverter esta injustiça histórica e sobre as ações que a CUT vem fazendo para corrigir as distorções.
Às 19h, no mesmo local, serão exibidos o curta metragem “Vista Minha Pele”, do diretor Joel Zito, direto da Casa de Criação Cinema e Artes do Rio de Janeiro, e trailers dos filmes “Raça” e “Filhas do Vento”, do mesmo diretor. No final, haverá um coquetel de lançamento das atividades do Mês da Consciência Negra.
Participarão do lançamento oficial do Ato pela Igualdade Racial no Trabalho e na Vida convidados como o deputado Federal Vicente Paulo da Silva (Vicentinho), a deputada federal Janete Pietá e o senador Paulo Paim; um representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Social e outro da Fundação Cultural Palmares, entre outros.
Década Internacional dos Povos Afrodescendentes
A Organização das Nações Unidas (ONU) dá início, em dezembro, às comemorações da Década Internacional dos Povos Afrodescendentes, cujo objetivo é dar mais visibilidade às demandas dos/as negros/as de todo o mundo.
Foi com este objetivo que a ONU declarou 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes. O sucesso da iniciativa que promoveu também o fortalecimento da cultura negra fez com que entidades envolvidas com a causa solicitassem que a partir de 2012 fosse implementada a década dos afrodescendentes. A ONU aprovou a proposta.
Segundo relatório da ONU, só na América Latina e no Caribe tem 150 milhões de afrodescendentes. No Brasil, segundo o último censo do IBGE, a população de afrodescendentes é de quase 51% da população.
Direitos
Para as Nações Unidas, os povos afrodescendentes devem ter seus direitos promovidos e protegidos como qualquer outro grupo da sociedade. Segundo a ONU, apesar dos avanços, os afrodescendentes continuam a sofrer discriminação, um legado histórico do comércio de escravos. Mesmo os que não são descendentes diretos dos escravos, muitas vezes ainda são submetidos a atos racistas.