Na quarta-feira (17), foi realizada a segunda reunião do grupo de trabalho composto por bancários, vigilantes e seguranças para discutir o projeto de lei que estabelece normas sobre a segurança bancária em Mato Grosso do Sul. Essa comissão foi formada na audiência pública sobre o tema, realizada no dia 23 de março, na Assembleia Legislativa.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, afirmou que a intenção é que seja formatado um projeto que realmente tenha aplicação no dia a dia e que possa ser cobrado dos bancos. “A finalidade é melhorar as condições de segurança para a população e funcionários dessas instituições. É um projeto que atende os anseios de todos envolvidos”.
Nesta reunião, foi apresentado o primeiro esboço do projeto de lei. Os presentes fizeram a leitura, discussão e adequação da redação. A advogada do gabinete do deputado estadual João Grandão estava presente para auxiliar na alteração do texto e nas questões legais.
Para o assessor parlamentar do deputado João Grandão, Ricardo Duailibi, houve um avanço significativo e que, no máximo em dois meses, esse projeto deve ser apresentado e votado pelos deputados estaduais. “Acredito muito na aprovação desta proposta. Outros estados já estão aprovando leis semelhantes que asseguram o sistema de trabalho bancário”, comentou.
Lei Federal
As regras de segurança que devem ser aplicadas nas agências bancárias estão previstas na lei federal 7.102, de 1983. “Apesar das dificuldades de chegar a um censo comum, esse projeto tem qualidade e acredito na viabilidade, até porque é uma complementação da lei federal, trazendo detalhes para ampliar a segurança bancária a nível estadual”, comentou o diretor do SEEB-CG, Rubens Jorge Alencar.
Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Dourados e Região, Antonio Goes, como a lei está sendo construída por vários sindicatos, vai contemplar todos os pontos essenciais para a segurança bancária, principalmente, os bancos que ficam na região de fronteira: “Vai melhorar e muito a segurança dos bancos na fronteira, até porque com a lei, os bancos poderão ser cobrados e obrigados a instalar dispositivos de segurança”.
Rede Lotérica
Nesta segunda reunião, também estava presente o representante do Sindicato dos Empresários Lotéricos de MS, Ricardo Amado Costa. Segundo ele, a questão da segurança é um dos principais problemas desses empresários. “É muito importante esta discussão, mas é preciso deixar claro de quem é a responsabilidade dos custos, que devem ser arcados pelas grandes instituições financeiras. No caso dos lotéricos, não temos como absorver esses custos”, ressaltou.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Carlos Alberto Longo, também ressaltou que os investimentos em segurança pelos bancos em relação aos lucros são ínfimos. “Entendemos que os bancos por terem lucros milionários precisam arcar com as despesas com equipamentos e a segurança, que atualmente se revela muito frágil. Por isso, formatamos com todas as entidades envolvidas, um projeto que visa à proteção da integridade física dos trabalhadores e dos clientes”.