(Criciúma) O resultado da pesquisa sobre saúde mental realizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de Criciúma revelou de forma preocupante que 86,69% dos profissionais do ramo financeiro acreditam que trabalho interfere negativamente na sua saúde.
Os dados vêm ao encontro com os do Ministério da Saúde, que estima que 3% da população, cerca de 5,2 milhões de pessoas, sofre transtornos mentais e necessita de atendimento. A pesquisa foi realizada junto a categoria, com a distribuição de 654 questionários em Criciúma e nas outras oito cidades de abrangência do Sindicato.
O projeto foi elaborado pelo Sindicato e a Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental (CERES) com o objetivo identificar na categoria os principais problemas de saúde que afastam os trabalhadores de suas atividades e sugerir intervenções para a melhoria da qualidade de vida.
Segundo o presidente do Sindicato, Edegar Generoso, o material com a síntese da pesquisa e orientações, que está sendo entregue nas agências, é uma das primeiras ações para contribuir com soluções para o problema. "Não é um ponto de partida, mas de chegada para novos debates. A cartilha tem a função de sensibilizar os profissionais para assumir suas fragilidades e procurar ajuda ou fazer denúncias no Sindicato, se for necessário", observa.
Desse percentual, 48,38% sofrem de depressão e somente 32,5% procuram auxílio profissional. "Pelo grande índice de depressão, poucos fazem o tratamento psicoterapêutico porque os planos de saúde não prevêem esse atendimento. Nesse sentido, uma das ações práticas foi realizar convênios com profissionais de psicologia para o atendimento com descontos", fala Edegar.
O presidente afirma que falar em saúde mental é bastante difícil porque ainda existem preconceitos pelas pessoas. "Já atendemos a casos em que as pessoas já haviam tentado suicídios mais de uma vez". Além da cartilha sobre saúde o Sindicato está distribuindo a categoria, uma cartilha sobre assédio moral.
Fonte: Maristela Benedet – Seeb Criciúma