Trabalhadores cobram abertura de agência em Cascavel, no litoral do Ceará
O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou nesta quarta-feira (18) uma manifestação na cidade de Cascavel, no litoral do Estado, para reivindicar agilidade no processo de inauguração de uma agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) naquele município.
A autorização para o funcionamento da agência foi obtida há cerca de cinco anos, mas até o momento o prédio onde deverá funcionar a unidade encontra-se com a sua construção paralisada, por razões de embargos legais.
O Sindicato está mobilizando a comunidade local, visando a realização de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores, ocasião em que, juntamente com a CUT e sindicatos filiados, cobrará da direção do BNB e da Prefeitura Municipal maior engajamento na luta pela instalação da agência do banco.
Fortalecimento do BNB
Em meio a denúncias feitas ao Ministério Público Federal e investigadas pelos órgãos de fiscalização, a direção do BNB anunciou recentemente algumas ações voltadas ao fortalecimento do banco, dentre as quais a autorização de abertura de 18 novas unidades operadoras e a admissão de 390 concursados, neste caso por força de ação movida junto ao Ministério Público do Trabalho.
As iniciativas, entretanto, precisam ser concretizadas o mais rápido possível, sob pena de caírem no descrédito e passarem a impressão de meras justificativas, face às pressões que se acumulam sobre a gestão do banco.
O receio do Sindicato é que, assim como outras sete agências que tiveram funcionamento autorizado desde 2007 (inclusive Cascavel) e até hoje não saíram do papel, as 18 recentemente anunciadas também sirvam apenas para desviar o foco das denúncias sobre a administração da empresa.
O Sindicato alerta que vai continuar lutando pela abertura e funcionamento das agências e pela convocação e admissão imediata dos concursados, pois entende que, somente assim, o BNB retomará o rumo do fortalecimento necessário ao desempenho de sua missão, que é desenvolver o Nordeste e reduzir as desigualdades que há décadas corroem a cidadania e auto-estima dos nordestinos.