Bancários de Mato Grosso entram em greve por tempo indeterminado

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na Praça Alencastro, localizada na região Central de Cuiabá, mais de 300 bancários da base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro no Estado de Mato Grosso (SEEB-MT) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A greve acontece em nível nacional e em Mato Grosso as mobilizações acontecerão logo no início da manhã desta quarta-feira.

Os bancários, que reivindicam na Campanha Nacional 2010 reajuste de 11%, rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que em cinco rodadas de negociação apresentou a proposta de reajuste de 4,29%, ou seja, a reposição da inflação dos últimos doze meses. Além desta negativa, os banqueiros ainda negaram mais contratações, proteção ao emprego, Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, fim das metas abusivas, aumento do auxílio-creche/babá, proibição de transportes de numerário por bancários e previdência complementar em todos os bancos.

“Enquanto os cinco principais bancos lucraram juntos mais de R$ 21 bilhões só no primeiro semestre deste ano, os banqueiros insistem em dizer que 11% de reajuste para o trabalhador é inviável. Mesmo os mais leigos no assunto não entendem a postura intransigente e a desvalorização com o trabalhador bancário”, avalia Arilson da Silva, presidente do SEEB-MT.

Logo após o fim da assembléia, os bancários iniciaram a colagem dos cartazes de greve nas agências localizadas em Cuiabá e Várzea Grande.

“A nossa greve tende a se fortalecer ao longo dos dias. O trabalhador está cansado de ser tratado como peça sem importância, onde o desrespeito tira o valor do ser humano e faz do lucro e das metas abusivas, o único valor a ser priorizado pelos bancos”, finaliza Arilson da Silva.

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