Vigilante é baleado e morto em ataque a carro-forte no interior do Ceará

Bandidos jogaram corpo do vigilante morto para fora do carro-forte

Mais um vigilante perdeu a vida em ação neste fim de semana. João Batista Souza Coelho, de 36 anos e há oito trabalhando para a empresa de Segurança Corpvs foi atingido na cabeça durante uma emboscada ao carro-forte que ele dirigia pela rodovia estadual CE-362, ocorrida na última sexta-feira, dia 14, entre os municípios de Uruoca e Martinópole, na Região Norte do Estado do Ceará.

Um bando de 15 homens cercou o veículo e começou a disparar contra o carro-forte. De acordo com informações dos três companheiros que sobreviveram, os bandidos ocupavam pelo menos três veículos; um Corolla prata, um Gol vermelho e uma Parati.

“Quando o tiroteio começou, os companheiros revidaram, mas os carros eram blindados”, conta o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Ceará, Geraldo da Silva Cunha. Ele esteve em Sobral, onde o corpo de
João Batista foi sepultado. O companheiro deixa três Vigilante é morto durante ataque a carro-forte no Ceará filhos pequenos.

A ação do bando, segundo relato dos vigilantes que escaparam, foi cinematográfica. A troca de tiro foi intensa e os tiros disparados pelo bando acabaram por acertar, através da escotilha (orifício usado para atirar de dentro do veículo), a cabeça do motorista.

Os assaltantes invadiram o carro-forte, explodiram o cofre e roubaram os malotes que, segundo calculam os companheiros, continham R$ 1,3 milhão. O corpo do companheiro assassinado foi jogado para fora do veículo pelos bandidos.

Segundo o comandante do 3º BPM (Sobral), tenente-coronel Gilvandro Oliveira, no local do crime foram encontrados cordel detonante, nitroglicerina, bananas de dinamite com detonadores e coquetel molotov.

Nesse momento em que todos os vigilantes sentem a dor da família do companheiro assassinado, a CNTV gostaria de prestar sua homenagem a
João Batista e prestar total solidariedade à sua família. Também reforçamos o apelo para que ações efetivas sejam tomadas no sentido de impedir que mais vidas se percam e mais famílias sofram.

A CNTV também gostaria de recordar àqueles que acham que o adicional por risco de vida para a categoria é indevido, que os vigilantes correm risco a cada dia em que saem para o trabalho, como ficou provado mais uma vez. O reconhecimento desse risco, sob a forma de adicional de 30% é não só uma necessidade, mas uma questão de justiça.

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