O gerente geral da agência Santa Rosa (RS) do Santander, Antônio Ricardo Terra Fabrício, de 49 anos, morreu na madrugada de terça-feira (14) após ter sofrido um infarto do miocárdio em sua residência. Ele tinha 28 anos de banco e deixa esposa e uma filha.
O trabalhador tinha marcado para a manhã desta quarta-feira (15) uma reunião com o Sindicato dos Bancários de Santa Rosa, pois se sentia pressionado, tinha medo de ser demitido e já estava próximo de sua aposentadoria. Não pode comparecer!
Para o Sindicato, “o Santander está matando os seus funcionários”.
“Não é nenhuma novidade a forma como os bancos se relacionam com seus trabalhadores. O Santander, para melhorar sua posição no ranking do lucro dos bancos privados, está passando da conta. Para melhorar o rendimento financeiro, a lógica do capital é agredir o mercado, mas o Santander inverteu essa ordem e está agredindo seus funcionários”, denuncia o diretor do Sindicato e da Fetrafi-RS, Paulo Schmidt.
“As relações de trabalho se traduzem por cobranças sistemáticas e agressivas, por vezes desrespeitosas e intimidatórias, que machucam e destroem a pessoa humana. Essa prática assediosa tem o nosso repúdio e merece ser protestada, por todas as formas. Esta situação incômoda está deixando muitos trabalhadores apreensivos e temerosos e, para aumentar o terror, o banco retoma sua política de demissões”, critica o dirigente sindical.
“A dor desta família (esposa e filha) com certeza nada pagará, mas a ganância dos banqueiros com certeza não se importará. A ânsia de levar bilhões aos cofres estabelece metas e ritmos de trabalho absurdos e desumanos, que levam muitos bancários a doenças ocupacionais e em alguns casos para a morte”, conclui Schmidt.
Passo Fundo
O Sindicato dos Bancários de Passo Fundo denuncia o absurdo número de trabalhadores tomando remédios para controlar a angústia e o estresse e prevenir doenças do coração.
“Há alguns dias um colega teve um AVC trabalhando, desmaiou, foi ao médico e acabou voltando para trabalhar. Agora uma morte. Vamos esperar até quando?”, alerta o diretor do Sindicato, Dário Sidnei Delavy.