Curso é promovido em parceria com Dieese e especialistas
Está acontecendo nesta semana, em São Paulo, o primeiro dos cursos temáticos da Contraf-CUT – o Curso de Saúde do Trabalhador Bancário, organizado pela confederação e demais parceiros como o Dieese e especialistas que atuam no tema. A intenção é capacitar os dirigentes sindicais para a discussão específica e ideológica sobre o tema, cada vez mais importante para o cotidiano dos trabalhadores.
“O cerne do curso é abordar as causas do adoecimento dos trabalhadores, que cada vez mais acomete os bancários, mudando o foco colocado pelas empresas e mostrando que é o próprio processo de trabalho que leva a esse adoecimento”, explica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT. “É preciso demonstrar que a questão da saúde é ideológica”, completa.
Entre os palestrantes convidados para o curso, estiveram o professor da Unicamp, Roberto Heloani, a médica sanitarista e pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, o médico e doutor em ergonomia, Laerte IdalSznelwar, e a advogada trabalhista Leonor Poço, além das contribuições de dirigentes sindicais com experiência no tema, como o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, WalcirPrevitale, e o diretor executivo da Contraf-CUT, Plínio Pavão, que já tem uma longa história de atuação no tema saúde do trabalhador e foi secretário de saúde da ex-CNB e da Contraf-CUT entre 2003 e 2012.
No primeiro dia, o curso discutiu a relação entre a organização do trabalho e saúde do trabalhador. Na parte da tarde, os participantes se dividiram em grupos de trabalho para discutir a questão.
Na terça e quarta-feira, o curso abordou o sistema de seguridade social do Brasil como um todo. A relação entre a previdência social e a saúde do trabalhador foi discutida, bem como a seguridade social e saúde, enfocando especialmente o Sistema Único de Saúde (SUS) e os mecanismos de controle social da área. A saúde suplementar no Brasil também foi debatida.
Nesta quinta-feira (31), o curso se voltou para as questões específicas domundo do trabalho e abordou os problemas existentes na categoria bancária, especialmente o assédio moral e os demais assédios – frutos principalmente da organização do trabalho focado no cumprimento de metas. Foi lembrada a campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, lançada pela Contraf-CUT e pelo movimento sindical bancário em 2011. Também foram debatidas questões jurídicas da saúde do trabalhador.
O curso se encerra nesta sexta-feira (1°), quando será realizada discussão sobre reabilitação profissional.