Os bancários do Banco do Brasil realizaram manifestações em todo o país nesta quinta-feira 2, no dia nacional de luta que marcou a retomada das negociações permanentes das questões específicas por parte da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) da Contraf-CUT. As negociações realizadas em Brasília, que incluem temas como a ATB, CCP, CSO/USO, plano odontológico e acordo marco regulatório, continuam nesta sexta-feira 3.
“As mobilizações foram muito importante para dialogarmos com os bancários a respeito dos temas que estão sendo debatidos com a empresa. Vamos continuar pressionando o banco na mesa de negociação e nas ruas para melhorar as condições de trabalho de todos os bancários”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da CEBB.
Veja algumas manifestações
> Funcionários do BB protestam até embaixo de chuva em São Paulo
> Duas agências do BB têm atividades paralisadas por uma hora em Brasília
> Bancários protestam em Porto Alegre contra a centralização dos serviços
> Em Mato Grosso, cerca de 70 bancários paralisaram atividades por uma hora
> Capixabas se mobilizam por avanços nas negociações com o BB
> Em Campinas, bancários do BB exigem seriedade na mesa de negociação
> Bancários de Apucarana buscam melhorias nas condições de trabalho no BB
Na primeira parte da reunião, o BB fez a apresentação do projeto com os novos critérios de ascensão profissional e da nova Ouvidoria do banco. Os representantes dos bancários questionaram as intenções do BB em relação à Ouvidoria, uma vez que ela é subordinada à Dires e está portanto hierarquicamente sujeita a pressões. A CEBB defendeu a posição de que a Ouvidoria deve estar subordinada diretamente à presidência do banco.
Os representantes do banco negaram as informações recebidas pelos trabalhadores a respeito de supostas alterações no modelo de comissionamento e ascensão profissional. Segundo eles, o TAO não apenas continuará a ser considerado nesse processo, como a empresa estará implementando mudanças que visam fortalecê-lo. Os membros da CEBB tomaram conhecimento das alterações, que não foram negociadas com o movimento sindical, e vão analisá-las.
Participaram da reunião o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Responsabilidade Socioambiental, Robson Rocha, o diretor de Gestão de Pessoas , Amauri Sebastião Niehues, e o diretor de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental, Carlos Eduardo Leal Néri.
Na parte da tarde, os bancários realizaram um debate a respeito do ATB com o gerente executivo Djalma Oliveira, da Diretoria de Estratégia e Organização. Ele explicou a composição do acordo de trabalho. Além disso, houve participação de Ilton Luiz, da diretoria de Distribuição, que falou sobre o Sinergia e a atomização de metas. O representante da empresa explicou o processo pelo qual o banco, a partir das metas globais, define e distribui as metas de cada agência.
“Foram reuniões produtivas, que nos deram elementos mais precisos a respeito das políticas do banco que iremos debater nessa sexta-feira”, afirma Marcel.