Mais de 15 mil pessoas marcharam pelas ruas de Montreal nesta terça-feira (9), com diversas bandeiras de luta e por um mundo sustentável e inclusivo. O grande ato marca o início da 12ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), o encontro segue até domingo (14), e pela primeira vez acontece no Canadá.
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Durante a marcha, os brasileiros denunciaram o golpe em curso no Brasil, e o “Fora Temer” recebeu apoio de lideranças sociais de diversos países. A Contraf-CUT marca presença no Fórum com a participação do secretário de Relações Internacionais, Mario Raia, que também integra a delegação formada pela CUT, com representantes de entidades como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e FUP (Federação Única dos Petroleiros).
“Denunciamos o golpe de Estado no Brasil durante a Marcha e vamos retomar o assunto, dentro do FSM, na assembleia de convergência, em defesa da democracia e dos direitos humanos, contra os golpes e os retrocessos. Várias lideranças brasileiras denunciarão os golpistas e o governo ilegítimo de Michel Temer”, explicou Mario Raia
Mulheres no sindicalismo
A CUT irá coordenar, durante o encontro, a oficina Democracia e Participação das Mulheres no Sindicalismo Brasileiro, agendada para esta quinta-feira (11).
A secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista, vai destacar as ações da Central para a superação das desigualdades de gênero no mundo sindical.
A presença predominantemente masculina é uma realidade presente desde os locais de trabalho até os níveis mais altos de representação. A transformação deste quadro tem sido uma determinação política da maior central sindical da América Latina. Neste sentido, a CUT já registra avanços, como a composição paritária das direções sindicais.
Além dos movimentos sindicais, várias outras entidades brasileiras participam do encontro mundial, como a ABONG (Associação Brasileira de Organizações não Governamentais). MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens); Associação das Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MNLM), entre outras.
Fórum Social Mundial
Nascido em 2001 no Brasil, o Fórum Social Mundial (FSM) é o maior encontro da sociedade civil para encontrar soluções para os problemas do nosso tempo, a construção de alternativas concretas ao modelo econômico neoliberal e as políticas baseadas na exploração humana e da natureza.
Lugar de convergência de movimentos sociais e da liberdade de expressão, . sua missão é construir em conjunto, num espírito de solidariedade internacional, um mundo melhor, com justiça social e ambiental, economia social e solidária, democracia participativa e o reconhecimento da igual dignidade de todos.
Para os organizadores do evento, o FSM 2016, no Canadá, vai fazer história como sendo a primeira edição a ser realizada em um dos países "do Norte". Com a crise global que afeta toda a humanidade, é crucial exceder certas divisões que ainda persistem, sendo que os movimentos e atores sociais são convidados a encontrar soluções em conjunto.
Confira aqui vídeo da Marcha produzido pelo Mídia Ninja