No terceiro dia de paralisação, os bancários estão com adesão de 100% em Criciúma. Pela primeira vez em cinco anos consecutivos de greve da categoria, as agências do Bradesco no Centro, Pinheirinho e Próspera continuam fechadas garantindo a força do movimento.
Nos outros oito municípios de base, a adesão desses primeiro três dias de protesto permanece em 90%. A liberação para o pagamento dos beneficiários do INSS das 9h às 11h, continua até quinta-feira 7.
No país, segundo dados levantamentos pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a greve segue crescendo com pelo menos 4.895 agências fechadas em todos os 26 Estados e no Distrito Federal. Um crescimento de 26% em relação ao primeiro dia.
“A indignação dos bancários fez a greve manter-se forte e crescer para pressionar os bancos enquanto não apresentam proposta”, avalia Ronald Pagel, diretor do Sindicato dos Bancários de Criciúma. Os trabalhadores reivindicam: 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, PLR maior, medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança.
As negociações com à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) iniciaram dia 11 de agosto com a entrega da pauta. Nas cinco rodadas de negociações (entre 24 de agosto e 22 de setembro), os bancos rejeitaram todas as reivindicações da categoria.
Na penúltima rodada, dia 14, os bancos assumiram o compromisso de apresentar uma “proposta global” na reunião do dia 22, mas não cumpriram. Apresentaram apenas a proposta de 4,29% de reajuste (inflação do período) e zero de aumento real. A data base é 1º de setembro.