Tendo como parâmetro a diretriz de que a crise econômica traz à tona debates antigos, a Fenae considera um passo positivo o fato dos dois maiores bancos públicos federais serem responsáveis por mais de 70% do aumento total de R$ 93 bilhões em crédito disponível no país.
Coube à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, nesse particular, despejar no mercado R$ 65,7 bilhões no segundo trimestre de 2012, o que foi decisivo para a volta do crédito e para a retomada dos bons fluidos na economia brasileira.
A Fenae avalia, no entanto, que a tendência consistente de expansão do crédito, provocada por políticas agressivas, sobretudo da Caixa, tem relação estreita com o empenho e a dedicação de cada empregado do banco, sendo eles os principais responsáveis pelo trabalho executado.
No caso da Caixa, a ampliação do acesso ao crédito precisa ser acompanhada de uma política crescente e acelerada por mais contratações, para que até o fim deste ano o banco atinja o total de 100 mil empregados. Assim, segundo a Fenae, “o cenário de trabalhadores sobrecarregados, com jornada extrapolada e população sendo desrespeitada em longas filas de espera, poderá aos poucos virar coisa do passado”.
Para a Fenae, a boa saúde financeira da Caixa, no crédito e em outras áreas, traz várias lições. É possível constatar que a ampliação do número de empregados é fundamental para a melhoria das condições de saúde e trabalho, “uma vez que há sobrecarga de serviços e adoecimento de muitos trabalhadores”.
A Fenae entende que política com este objetivo será decisiva para diminuir a discrepância existente entre o aumento no número de agências e a contratação de pessoal. A entidade avalia que, ainda predominante, a lógica de muitas agências e poucos bancários precisa ser ajustada, “para que a Caixa siga a rota da governança corporativa, de modo a assegurar, cada vez mais, seriedade e profissionalismo à gestão”.
Para a Fenae, mesmo em condições muitas vezes adversas, o esforço e o trabalho de cada empregado foram vitais para a Caixa atingir todo esse bom resultado na concessão do crédito. Isto deve motivar cada bancário da empresa a participar ativamente da mobilização da campanha salarial 2012, reforçando assim a unidade nacional da categoria para arrancar novas conquistas econômicas e sociais nas negociações com a Fenaban, assim como novos avanços nas rodadas com os representantes da Caixa sobre a pauta específica de reivindicações.
