(Brasília) Hoje, dia 17, a CUT e suas entidades representativas do serviço público federal estão mobilizadas em Brasília contra o PLP 001/07. Esta sigla representa a proposta de limitar os investimentos anuais com a folha do funcionalismo a 1,5% mais a inflação do período anterior. Pela manhã, a Central coordena pressão sobre os parlamentares no aeroporto de Brasília e panfletagem, tanto no aeroporto quanto nas imediações. À tarde, participa de audiência pública na comissão especial criada para discutir o assunto. Setores do funcionalismo prometem paralisações.
Para o presidente Artur Henrique, que participa da mobilização e da audiência, começa uma nova etapa na luta contra o limitador. “Todos estamos unânimes contra essa proposta. O que precisamos agora é apresentar nosso projeto para substitui-la. Entidades cutistas que representam os trabalhadores federais estão em um processo de compreensão dessa necessidade e estão dispostas a encarar o desafio. Nossos dirigentes, apoiados por estudos do Dieese, já estão construindo alternativas”, afirma Artur.
Para tanto, é preciso, segundo Artur, que haja a abertura de um espaço real de debate e negociação, tanto junto ao Congresso quanto ao governo. “Está claro que este limitador é inaceitável. Acima de tudo, porque fere o princípio da liberdade de organização, mobilização e negociação e até mesmo de greve dos trabalhadores públicos. É um arrocho sobre eles. Em segundo plano, podemos dizer também que se trata de um tiro que o governo está aplicando em seu próprio pé, pois faltarão trabalhadores para tocar o serviço público”, afirma.
Para Carlos Henrique de Oliveira, um dos coordenadores do Escritório de Brasília, a unidade contra o PLP está consolidada, o que inclui o ingresso das demais centrais nessa luta, iniciada pela CUT. “Precisamos também pensar além do ‘não’ e construir uma proposta que defenda os trabalhadores”, comenta.
Lúcia Reis, também coordenadora do Escritório, lembra que nas duas mais recentes audiências com Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, a CUT deixou claro que o limitador é inaceitável. “Estamos dispostos ao diálogo. O mesmo precisa acontecer por parte do Congresso e do governo”, afirma.
Fonte: CUT