Com apoio do Sindicato dos Bancários do Ceará, em parceria com a Contraf-CUT e a Fetrafi/NE, os bancários paralisaram a agência Itaú da Rua Major Facundo, no Centro de Fortaleza, durante toda esta segunda-feira, dia 14/5. O protesto aconteceu em repúdio à política de demissões adotada pelo banco. Somente no Ceará, nos últimos dois meses foram demitidos mais de 20 funcionários.
“Desde a fusão Itaú-Unibanco, foram mais de 10 mil postos de trabalho ceifados nesse grande banco, que só é grandioso por conta do esforço e competência dos seus funcionários. Não podemos admitir que esses funcionários sejam colocados no olho da rua”, afirma Ribamar Pacheco, diretor do SEEB/CE.
As demissões são injustificáveis, principalmente, diante da alta lucratividade do banco, cujos donos colocaram quase R$ 14 bilhões nos bolsos somente no ano passado. Os funcionários, os maiores responsáveis pelos bons resultados, recebem como gratificação o aviso de demissão. A paralisação é uma advertência e tem a intenção de pressionar o banco a ir para a mesa de negociação e se comprometer a encerrar as demissões. Caso a postura continue, o objetivo é paralisar todas as agências de Fortaleza.
“Em contradição a prática de demissões, o banco se orgulha em dizer que é o maior banco da América Latina e gasta milhões de reais em publicidade para pregar a tal da responsabilidade social. Que responsabilidade social é essa que sequer faz o dever de casa?”, afirma Ribamar. Para os que escapam da política de demissões, restam as péssimas condições de trabalho, com os quadros reduzidos e as metas cada vez mais impossíveis de serem atingidas. A situação tem levado dezenas de funcionários a sofrer com doenças físicas e psicológicas.
“Em contrapartida ao esforço e ao trabalho incansável dos seus funcionários, o banco vem trazer a premiação com demissões por todo País. São pessoas com 15, 16, 20 anos de contribuição para esse banco e estão sendo dispensados”, afirma Alex Citó, diretor do Sindicato.