Cresce para 55 o número de agências fechadas na Zona da Mata e Sul de Minas

Esta sexta-feira (9) é o quarto dia de greve da categoria bancária e os números de agências fechadas continuam aumentando. Um reflexo da indignação dos trabalhadores com o descaso dos banqueiros que conquistam altos lucros explorando os bancários.

Em Juiz de Fora, foram 39 agências paradas neste quarto dia, sendo 19 bancos privados e 20 bancos públicos. A ação dos bancários ficou concentrada nas ruas Halfeld, Santa Rita, Espírito Santo, Av. dos Andradas e Barão do Rio Branco. Na região foram mais 16 agências em que os funcionários cruzaram os braços. No Sul de Minas ainda permanecem abertas as agências do BB e CEF de Muzambinho e a Caixa de Guaxupé.

Segundo o presidente do Sintraf JF, Robson Marques, se não houver uma nova negociação com no mínimo a reposição da inflação e ganho real para a categoria, os bancários e bancárias continuarão cruzando os braços e lutando pelos seus direitos.

A greve não terá fim enquanto as reivindicações da categoria não forem tratadas com respeito. Na próxima terça-feira (13) as agências voltarão a ter o atendimento interrompido e às 17 horas acontecerá uma assembleia na Sede Social do Sindicato para uma avaliação do movimento e traçar novas diretrizes para a continuação da greve, enquanto a Fenaban não chama a categoria para negociação.

É proibido dificultar acesso ao atendimento
Nas agências “Estilo” do Banco do Brasil, que operam nas ruas Av. Presidente Itamar Franco e Santo Antônio, alguns trabalhadores ainda não aderiram ao movimento e elas estão em atendimento parcial, assim como a Caixa Econômica da Rua Padre Café, que possui alguns empregados exercendo a função.

A CEF também não está disponibilizando envelopes para depósito e, de acordo com a diretora do Sintraf JF e empregada da Caixa, Lívia Terra, caso essa ação seja confirmada os clientes e usuários devem fazer denuncia na Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pois está é uma prática proibida pela lei de greve e o banco está, desta forma, impedindo o acesso do cliente aos meios essenciais de autoatendimento.

“Esta não é uma questão pontual da greve, mas um problema crônico da Caixa Econômica. Esta prática não deveria, mas se torna comum pela falta de funcionários, pois os gerentes tentam desafogar os caixas, reduzindo o número de envelopes, já que não tem mão de obra suficiente. Inclusive, a contratação de mais funcionários é uma das reivindicações da categoria, uma vez que a Caixa realiza concursos, não convoca os aprovados e apenas muda empregados de função e tornam as metas abusivas”, destaca Lívia.

Portando, caso existam bancários dentro das agências para realizar atendimento e o mesmo seja negado a qualquer cliente (seja ele da agência ou não), como nos referidos BB e CEF, ou aconteça falhas na disponibilização de envelopes para utilização do serviço de autoatendimento, o usuário deve registrar Boletim de Ocorrência e procurar o Procon: (32) 3690-7611 ou (32) 3690-7610.

Greve em números
Na Zona da Mata e Sul de Minas foram 55 agências paradas neste quarto dia de paralisações. O número de adesão ao movimento grevista dos bancários continua aumentando também no Brasil. Segundo os dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), só na última quinta-feira (8), terceiro dia de greve, foram 10.369 locais de trabalho entre agências e centros administrativos fechados durante todo o dia.

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