De janeiro a novembro do ano passado, o setor bancário fechou 1.540 postos de trabalho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do extinto Ministério do Trabalho, levantados pela subseção do Dieese na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Segundo o estudo o estado de Santa Catarina ocupa a 6ª posição no ranking dos desligamentos com mais de 10% do número de cortes no país.
Reflexo deste descaso dos banqueiros com a população e trabalhadores bancários pode ser visto no interior das agências nos primeiros dias do ano de 2019. Sobrecarga de trabalho e desrespeito com a população que tem que aguardar as vezes mais de uma hora para conseguir atendimento.
Com o fechamento de várias agências e redução do número de empregados o atendimento torna-se cada vez mais precário, o secretário de Saúde e Segurança do Trabalhador do Sindicato dos Bancários (Seeb) de Florianópolis, Benito Godoi Freitas, destacou sua preocupação: “A absorção de clientes num número cada vez menor de agências está acarretando sobrecarga de trabalho e gerando demora no atendimento. Portanto, a redução dos pontos de atendimento e de postos trabalho estão afetando não só o cliente, mas a qualidade de vida do trabalhador bancário”.
A direção do Seeb Floripa destaca que a mobilização é o caminho para o enfrentamento deste descaso dos bancos. “Não podemos aceitar que, com o lucro estratosférico auferido pelas instituições financeiras, problemas como este estejam acontecendo. A população precisa se mobilizar junto com os bancários cobrando mais dignidade e respeito. Faça sua denúncia junto aos órgãos de fiscalização, busque seus direitos”, orienta o dirigente sindical.
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