Os bancários fizeram manifestações e paralisações em todo o país nesta quinta-feira 25, Dia Nacional de Luta, para mostrar a insatisfação com a proposta de 7,5% de reajuste apresentada pela Fenaban na quarta-feira. O Comando Nacional está orientando os sindicatos a realizarem assembléias até o dia 29 para rejeitar a proposta e aprovar greve de 24 horas no dia 30.
Em São Paulo, os bancários pararam até ao meio-dia desta quinta-feira todas as 58 agências da avenida Paulista, o coração financeiro do Brasil. Cerca de 1.500 trabalhadores do Itaú, Real, Bradesco, HSBC, Unibanco, Safra e Banco do Brasil o início das atividades até o meio-dia desde a Rua Bernardino de Campos até próximo à Rua da Consolação.
Veja como foram as paralisações no país todo:
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Em São Paulo, vários bancários concentraram-se em frente à agência do Bradesco localizada no número 1.415 da Avenida Paulista, onde houve distribuição de algodão-doce e chupetas (símbolo da campanha Não Chora Banqueiro), café, leite com chocolate e pipoca. Lá também aconteceu um show com a banda Altitude Zero e artistas circenses com pernas-de pau e malabares.
O protesto do Dia Nacional de Luta é o segundo grande ato de paralisação dos bancários de São Paulo, que na terça-feira 23 pararam nove das grandes concentrações de bancos da capital paulista, abrangendo em torno de 20 mil trabalhadores.
“A adesão maciça às manifestações e paralisações no país todo demonstram a insatisfação da categoria com a proposta dos bancos e a disposição de ir à greve caso a Fenaban não apresente proposta que atenda as reivindicações”, avalia Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
“Explicamos para os bancários que os banqueiros, apesar de terem mantido lucros bilionários, querem pagar PLR menor do que no ano passado. Se os banqueiros insistirem nessa proposta de PLR reduzida e índice sem aumento real, os bancários irão à greve”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato. “O protesto de hoje é uma preparação à paralisação de 24 horas do dia 30 e uma reposta aos banqueiros que estão empurrando os bancários da mesa de negociação para a greve”, completou.
Clientes – O auto-atendimento funcionou normalmente para reduzir o possível incomodo aos clientes, que receberam uma carta aberta com informações sobre os motivos que levaram os trabalhadores a protestar.
Carros de som do Sindicato percorreram toda a extensão da avenida com mensagens à população. “Os banqueiros que tiveram bons resultados seja em lucro, rentabilidade e ativos se recusam a retribuir aos bancários na mesma proporção que o trabalho empenhado. O mesmo tratamento recebem os clientes que pagam tarifas e spread elevados, mas não têm contrapartidas como atendimento sem filas e mais segurança”, disse Marcolino.