“Não precisa ser mulher, negro, LGBT ou PCD para sentir a dor do preconceito e da discriminação que essas pessoas sofrem. Todos têm o direito à felicidade. E a luta por uma sociedade mais justa, igualitária e feliz é de todos nós.” Foi com essas palavras que a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, fez o lançamento da Campanha Nacional Contra a Discriminação em Curitiba, nesta quinta-feira, 26 de outubro.
O lançamento foi realizado pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) e reuniu dirigentes sindicais do estado, no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região. Para o bancário e secretário-geral da CUT-PR, Márcio Kieller, a campanha surge em um momento muito oportuno: “Em uma conjuntura de retrocessos, esvaziamento das políticas sociais e avanços da criminalização das minorias, é fundamental que este debate seja pautado”, disse.
“Nós sabemos que nos momentos de crise, as questões das mulheres, negros, LGBTs e PCDs são as primeiras a serem deixadas de lado. E é exatamente por isso que o tema se torna estratégico”, relembrou Cristiane Zacarias, secretária de Cultura do Sindicato. “Nossa missão é levar o debate para além do ambiente sindical”, acrescentou. “Trata-se de debater o modelo de sociedade que queremos: você quer uma sociedade excludente, intolerante e com menos direitos?”, questionou Mauro Salles Machado, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT. “Nos direitos humanos, o principal direito é ter direitos!”, finalizou.
O presidente da Fetec-CUT-PR, Júnior César Dias, destacou que, com o esvaziamento dos programas sociais que vem acontecendo, as minorias são os principais penalizados. “Nós temos uma parcela de responsabilidade na construção da resistência à retirada de direitos”, afirmou. “O mais importante desta campanha é que nós saímos do discurso para encampar mais uma luta, com políticas afirmativas. Ao regatar valores humanos, nos colocamos no lugar do outro e percebemos que se trata de uma luta de todos”, concluiu Elias Jordão, presidente do Sindicato.
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