Ita£ nÆo avan‡a na PCR e continua sem valorizar os funcion rios

(São Paulo) Na negociação realizada nesta quarta-feira, dia 7, com a Contraf-CUT, o banco Itaú não deu respostas para nenhuma reivindicação. A PCR, principal item em discussão, continua sem solução, numa clara demonstração de que o banco não valoriza seus funcionários.

 

“Na mesma semana em que o Banco Central anunciou que Itaú superou a Caixa Econômica Federal e o Bradesco e já é o segundo maior banco do país em número de ativos (atrás somente do BB), a diretoria do banco não trata as reivindicações dos seus funcionários com a devida atenção. Não avançamos em nenhuma reivindicação e, diante desse quadro, a Contraf-CUT vai intensificar os protestos, porque só com mobilização vamos garantir que nossa pauta seja atendida”, avalia Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

 

A principal questão debatida na negociação foi a PCR (Participação Complementar nos Resultados). Após meses de discussão, o Itaú afirmou que ainda não tem uma proposta para apresentar.

 

“Já que eles não apresentam uma definição sobre o tema, a Contraf-CUT entregou uma nova proposta ao banco. Nossa reivindicação é pelo pagamento de R$ 1.500 de PCR, pagos no dia 22 de dezembro, de forma linear para todos. Esse valor não é para ser descontado dos programas próprios e nem para se levar em conta os cinco indicadores que o banco impôs para o pagamento da PCR”, explica Wanderley Crivellari, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

 

Segundo o dirigente, desde que o Itaú interrompeu as negociações sobre a PCR e definiu seus valores de forma unilateral e arbitrária, os sindicatos vêm tentando retomar as discussões sobre o tema. “É inacreditável que o Itaú crie tantas dificuldades para melhorar a PCR. Um banco que soma mais de R$ 201 bilhões em ativos não pode ser tão mesquinho para desembolsar um benefício, cujo impacto será irrisório nas contas do Itaú. O movimento sindical cutista vai insistir na melhoria dessa participação complementar”, destaca Wanderley.

 

Além da Participação Complementar nos Resultados, também integram a pauta de reivindicações específicas dos bancários do Itaú o Programa AGIR (com ênfase nas condições de trabalho, cobrança de metas abusivas, adoecimento dos funcionários e política de remuneração do Programa), Plano de Saúde, Previdência Complementar, Auxílio-educação, enquadramento sindical dos trabalhadores da holding, realinhamento salarial, contratações e 14º salário.

 

Nova rodada de negociações ficou marcada para a próxima quinta-feira, dia 14, às 10h.

 

BankBoston

Durante as negociações desta quinta-feira, a Contraf-CUT cobrou novamente informações sobre a aquisição do BankBoston. Na época da compra, o Itaú assumiu um compromisso com o movimento sindical para dialogar sobre qualquer mudança que afetasse os funcionários do Boston.

 

“Mas o Itaú não cumpriu o compromisso assumido. As mudanças que o banco pretende fazer no Plano de Saúde e o tratamento dado ao 14º salário representam uma verdadeira perda de direitos para os bancários do Boston. Não concordamos com as medidas e queremos rediscuti-las de imediato”, afirmou Ubirajara Santos, diretor do Seeb Rio, oriundo do BankBoston.

 

O Itaú também ficou de informar as condições para o pagamento da PLR no BankBoston.

 

Fonte: Contraf-CUT

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