Trabalhadores em financeiras mobilizados em Dia Nacional de Lutas

Nessa quinta-feira, dia 26, acontecerá um Dia Nacional de Lutas para os trabalhadores em financeiras de todo o país. A mobilização faz parte da Campanha Salarial dos Financiários, cujas negociações estão em andamento com a Fenacrefi, entidade de representação das empresas.

Sindicatos de Bancários realizarão atividades nas maiores financeiras do país. O objetivo é conscientizar os trabalhadores do setor da importância da organização na disputa com os patrões. A Contraf/CUT disponibilizou pelo Comunicados um material específico para essa mobilização. O material também está disponível na área de Downloads do site da confederação (clique aqui ). “Queremos imprimir uma nova dinâmica na campanha dos financiários este ano, mais forte e de caráter nacional. A participação dos dirigentes é essencial nesse processo”, afirma Sérgio Siqueira, diretor executivo da Contraf/CUT.

Os mesmos direitos para todos

A campanha começou no último dia 10, com a entrega da minuta de reivindicações dos trabalhadores para a Fenacrefi. Uma das principais demandas dos trabalhadores é a extensão dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos financiários para todos os trabalhadores que atuam no setor (financiários e registrados como promotores de vendas). “Para a Fenacrefi, a convenção se aplica a cerca de 10 mil trabalhadores, porque ela só considera os registrados como financiários. Mas na verdade são cerca de 150 mil trabalhadores envolvidos na intermediação financeira, realizando os mesmos trabalhos dos financiários e que devem receber os mesmo direitos”, explica Miguel Pereira, diretor executivo da Contraf/CUT. “Esse também é o entendimento da Justiça do Trabalho, que tem decidido pelo enquadramento como financiários nos casos que chegam até ela”, completa.

Entre as cláusulas econômicas, estão a recomposição salarial da inflação medida pelo ICV Diesse e aumento real dos salários. Além disso, é reivindicada uma PLR (participação nos lucros e resultados) nos mesmos moldes da reivindicada pelo bancários.

Concentração

A campanha dos financiários se desenrola num cenário em que os grandes bancos consolidam sua participação no setor. Hoje, o chamado G7 das financeiras – que reúne Finasa (Bradesco), Aymoré Financiamentos (Real-ABN), Taií (Itaú), Losango (HSBC), Fininvest (Unibanco), Olé (Santander) e BV Financeira (banco Votorantim) – concentra cerca de 85% dos resultados do setor.

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