O Projeto de Lei do Senado (PLS) 555, uma ameaça à autonomia e a gestão de empresas estatais, será o tema do debate entre centrais sindicais, conselhos de administração, movimento social e parlamentares, na próxima quinta-feira (12), em Brasília. O objetivo do evento é retirar o caráter de urgência da votação e ampliar a discussão.
A luta contra o PLS 555 já reúne várias iniciativas, como ato público em Brasília e encontros com parlamentares e representantes do governo, caso dos senadores Paulo Paim (com quem foi realizada audiência pública) e Delcídio do Amaral, ambos do PT, além do diretor do Departamento de Controle e Governança das Empresas Estatais (DEST), Murilo Barella.
Em 23 de outubro, o assunto foi debatido com o ministro do Trabalho e Previdência Miguel Rossetto, durante visita que realizou à sede da CUT nacional, em São Paulo e, no dia 28, ocorreu reunião entre representantes da Fenae e assessores do senador Tasso Jereissati (PSDB).
O PLS 555 foi criado por comissão mista presidida por Jereissati, incorporando propostas que já se encontravam em tramitação no Senado, como o substitutivo ao PLS 167/2015, o PLS 343/2015, de Aécio Neves e o anteprojeto apresentado pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
A representante dos empregados no CA da Caixa e diretora do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano, alerta: “é fundamental que os trabalhadores e a sociedade participem desse debate, pois o PLS 555 abre caminho para uma nova onda de privatização das empresas públicas”.