O Encontro Nacional de Formação da Contraf-CUT, realizado entre os dias 25 e 26 de novembro, em São Paulo, foi coroado pela homenagem feita ao economista Celso Furtado. Esta foi à avaliação dos participantes, que não cansaram de tecer elogios ao evento. Também permitiu que as pessoas repensassem sobre qual foi à contribuição que o economista deu ao país
Os dirigentes sindicais sentiram a importância em descobrir ou redescobrir Celso Furtado, economista que manteve uma relação ativa entre os estudos acadêmicos e a prática de suas teorias, procurando trilhar um caminho para a construção de um país desenvolvido, com menos desigualdade social.
“A Contraf-CUT acertou em apostar neste formato de evento, comum nos meios acadêmicos, mas que não é tão presente no movimento sindical,” comemora Deise Recoaro, secretária de formação da Contraf-CUT.
Para Deise, a inovação do Encontro deu certo, mesmo com as diversas demandas que ocorreram nos últimos dias. “Conseguimos atingir um público bastante satisfatório, com pessoas engajadas. Muitas já conheciam o tema e o trabalho de Celso Furtado, contribuindo para enriquecer o debate”, comemora.
A participação ativa do público deu uma perspectiva que ampliou as questões que envolvem os nossos próprios problemas e dilemas da categoria. “Abriu a mente das pessoas para pensar neste desenvolvimento econômico e qual é o projeto que queremos para o Brasil”, afirma Deise.
O nome do Celso Furtado colaborou significativamente para a conjuntura política que estamos vivendo, sustenta William Mendes, secretário de imprensa da Contraf-CUT. “Segundo os especialistas econômicos, os professores que falaram no Encontro de Formação afirmaram que o Celso é um divisor de águas desde a criação de suas obras sobre o desenvolmentismo. A partir deste período se estabeleceu dois lados que discutiam as questões econômicas do país pelo viés do liberalismo ou do desenvolmentismo, explica William.
Segundo Deise, o documentário sobre o poeta baiano Wally Salomão vai ao encontro da inspiração que foi a homenagem ao Celso Furtado, quando diz, “o sonho não acabou porque existe vida”, e complementa, “também não acabou porque existe um desafio, um projeto de nação que devemos desenhar”.
Diretor agradece a Contraf-CUT
José Mariani, diretor do documentário O longo amanhecer – cinebiografia de Celso Furtado soube da boa receptividade do filme pela Rosa D’aguiar e agradeceu a Contraf-CUT pela participação que teve com o documentário na homenagem prestada ao economista no Encontro de Formação Nacional.