Para presidente do Seeb PE, BB escolhe alternativa equivocada

Não há notícia de criação de caixas “flutuantes” em Pernambuco, a exemplo do que se denuncia em São Paulo (clique aqui para ler). Marlos Guedes, presidente do Sindicato e funcionário do banco acredita que o Banco do Brasil esteja fazendo uma “experiência piloto” em São Paulo, a exemplo de situações anteriores como, por exemplo, antes de terceirizar o processamento de envelopes. “Trata-se de uma reação equivocada à pressão do movimento sindical por melhoria da qualidade de atendimento e das condições de trabalho. Ao invés de contratar mais, como seria o correto, vale-se de um paliativo”, acredita. Para ele, mais uma vez, a direção do BB serve-se de “alternativa errada, que é precarizar, ainda mais, as condições de trabalho. Cabe ao movimento sindical dar a resposta à altura”, diz.

A escolha de São Paulo, acredita Marlos, tem a ver com a própria condução do banco naquela praça. Recentemente, o superintendente regional de SP justificou novo aumento na sobrecarga de trabalho dos funcionários com a seguinte frase: “As agências já estão sangrando, não tem problema sangrar um pouco mais”. O gestor se referia à medida, implantada a partir de 12 de março, de atribuir a 30% dos gerentes em atuação no estado exclusivamente a função de telemarketing para oferta de crédito aos clientes. À época, medida e afirmação foram duramente criticadas pelo coordenador da Comissão Nacional de Funcionários, Marcel Barros: “o banco quer tirar sangue de funcionários e clientes, em atitude desrespeitosa quando completa 200 anos”, afirmou.

Para se contrapor à ofensiva do banco, Marlos defende campanha nacional articulada para pressionar o governo a tomar atitude responsável e compatível com o papel de um banco público num governo dito popular: “Se o governo quer manter o Banco do Brasil na liderança das instituições no mercado, não pode perder de vista que quem faz o banco são seus funcionários e clientes”, observa.

Mais, em sua opinião, um governo que tem 90% de aprovação, poderia valer-se de seu cacife para levar os bancos públicos de volta ao seu papel social. “O governo precisa entender que os gestores do banco estão se valendo da determinação de manter o banco na liderança do ranking para se cacifar, pessoal e profissionalmente junto à iniciativa privada. “É uma aposta no futuro. Eles estão numa vitrine a mostrar ao mercado: conseguimos terceirizar, gerenciar um banco público como se fosse privado”, observa.

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