Bancários decidem fortalecer a greve em Campo Grande

Bancários de Mato Grosso se reuniram no final da tarde dessa segunda-feira (3), na sede do sindicato para discutir a organização e a ampliação do movimento grevista. A paralisação está completando 29 dias nesta terça-feira (dia 4 de setembro) e já é a mais longa dos últimos 12 anos.

Os bancários presentes foram unânimes em continuar com o movimento até que a Fenaban apresente uma nova proposta digna e justa. Depois de dez reuniões, os bancos insistem em querer rebaixar o salário dos bancários e oferecem um acordo para dois anos, com reajuste de 7% (o que vai causar uma perda de 2,39%), em 2006, e inflação mais 0,5% de aumento de real em 2017. Assembleias por todo o país também definiram fortalecer a greve diante do silêncio e da falta de respeito dos bancos.

Os bancários aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores que já aderiram a greve também vão percorrer as unidades bancárias para conscientizar os demais colegas sobre a importância da adesão ao movimento.

Além disso, também vão promover um ato contra o descaso da Fenaban na próxima quarta-feira (dia 5). Os trabalhadores vão sair pelas ruas do centro de Campo Grande para protestar e ainda explicar a situação para a população.

“A população precisa entender que a greve só está acontecendo por culpa dos banqueiros que se negam a negociar e propor um reajuste decente. O setor mais lucrativo do país se nega a valorizar seus funcionários e estão ignorando as reivindicações dos trabalhadores referente à saúde, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. A categoria está indignada e o movimento vai continuar ainda mais forte”, comentou o presidente do sindicato, Edvaldo Barros. Os cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) apresentaram, no primeiro semestre de 2016, o lucro líquido de R$ 29,7 bilhões.

Neste 29º dia de greve, 95% das agências estão sem atendimento em Campo Grande e região. Em todo o país, 13.245 agências e 29 centros administrativos estão paralisadas por tempo indeterminado, o que corresponde 56% de adesão da categoria.

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