Os integrantes do Grupo de Trabalho de Segurança Bancária de Mato Grosso se reuniram na segunda-feira (14), para mais um encontro que teve como tema a criminalidade envolvendo bancos no Estado.
Porém, neste último encontro o tema central se referiu à prevenção, principalmente, quanto aos roubos a caixas eletrônicos e assaltos, na modalidade conhecida como “novo cangaço”.
“Para isso foram criados subgrupos, de onde sairão sugestões que serão discutidas entre os integrantes do GT para possível aplicação”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva.
Durante a reunião, reforçada a partir de agora por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes em Mato Grosso (CNTV), também foi discutido o último assalto ocorrido no dia 10 de março, numa agência do Banco do Brasil no município de Querência, distante 1.100 quilômetros de Cuiabá, onde os bancários e clientes da agência foram feitos reféns e usados como escudo humano pelos bandidos.
“É fato que, em Mato Grosso, essas quadrilhas estão encontrando facilidades para agir, pois o número de arrombamentos e também de assaltos só aumenta com o passar dos meses”, denuncia Arilson.
Depois do assalto ao Banco do Brasil de Querência, a população passou a exigir a implantação de câmeras de segurança nas ruas e em pontos estratégicos da cidade.
“A partir dessa reunião, aumenta a força do GT, seja pelas ações de prevenção, como também, pela participação do Ministério Público do Trabalho, que conhece bem a realidade dos trabalhadores”, reforça o dirigente sindical.
Mato Grosso é o 2º estado no ranking de assaltos à agência bancárias no país, somando um total de 136 casos (ataques a bancos e arrombamentos a caixas eletrônicos).
De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base em informações da imprensa, somente em 2010, 23 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país.
Ainda conforme a pesquisa, as cidades do interior são as preferidas pelos assaltantes, já que as agências e postos de atendimento dispõem de menos equipamentos de segurança e o efetivo policial é insuficiente.
“Não importa o lugar do país, a verdade é que a preocupação do SEEB-MT está totalmente voltada à integridade física e mental dos bancários e também dos clientes. Essa realidade de violência e criminalidade precisa ser mudada”, encerra Arilson da Silva.
A próxima reunião do GT de Segurança Bancária está agendada para o dia 31 de março, na Secretaria de Segurança Pública e Mato Grosso (Sesp).