A Contraf-CUT participou na manhã desta sexta-feira (10) do ato realizado na Av. Paulista em defesa dos bancos públicos promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e pela Fetec-SP. O objetivo da manifestação foi dialogar com a população e sensibilizar sobre a importância destas instituições para o fomento da economia e desenvolvimento do país, denunciar os ataques aos funcionários feitas por meio de reestruturações e as ameaças de privatização.
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“Os bancos públicos foram criados e construídos com o esforço do povo brasileiro. Precisamos nos perguntar o que seria da indústria brasileira se não fosse o BNDES, o que seria da indústria e do emprego no Nordeste, sem o BNB, do desenvolvimento da região amazônica sem o Basa, da agricultura, sem o Banco do Brasil, e o que seria da moradia, do FGTS e de todos programas sociais, se não fosse a Caixa. O que está acontecendo é uma destruição de um projeto de país. O BB já colocou para fora através da restruturação 9 mil funcionários e outros 4 mil estão descomissionados, perderam boa parte dos seus salários, os caixas não têm nem onde trabalhar” afirma Carlos de Souza, secretário Geral da Contraf-CUT.
O dirigente enumera a série de ataques que aconteceram nos últimos meses, desde que o golpe que levou Michel Temer ao poder se consolidou: “A Caixa anuncia um plano de demissão voluntária, o BNDES devolve dinheiro para o governo, dinheiro este que era para ter sido investido na sociedade brasileira. O Basa tem um plano de reestruturação, o BNB passa por um ataque muito parecido com o do Banco do Brasil”.
Os bancos estaduais, segundo ele, que resistiram ao brutal processo de privatização do governo FHC e que promovem o desenvolvimento dos seus estados estão sendo ameaçados abertamente de privatização e sendo colocados como faturas para rever as dívidas dos estados “ Vamos todos às ruas convencer vereadores, deputados, senadores, universidades, estudantes. Todos precisam entender que é o momento de defender um banco público não apenas para garantir o emprego, mas para defender um projeto de sociedade”, destaca.
Campanha Nacional em Defesa dos Bancos Públicos
Segundo Dionizio Reis, coordenado do CEE -Comissão Executiva dos Empregados da Caixa defender os bancos públicos é defender o investimento na economia brasileira. No caso do BB, mais de 70% do financiamento agrícola passa por ele, concretamente, a comida do povo brasileiro é financiada pelo BB. Na Caixa é o financiamento imobiliário que pode ser muito atingido.
“É o fim do sonho da habitação, de sair da escravidão que é pagar aluguel. Os ataques são para reduzir esse investimento e deixar o povo de joelhos perante os banqueiros, que vão lucrar muito vendendo produtos com o fim da Previdência pública, por exemplo e financiar
Segundo o dirigente, a Contraf-CUT está articulando sindicatos e federações de todo o Brasil para lançar uma campanha Nacional em defesa dos bancos públicos: “Vamos fazer com que essas informações cheguem à população para que as pessoas tomem consciência sobre o papel e a importância dos bancos públicos e se juntem a nós para defendê-los”, destaca.